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Bons ventos

Leia o editorial de edição se sábado (16) do Jornal do Povo

Por Redação
16/09/2017 • 13h07
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Bons ventos voltam a soprar para Três Lagoas. A venda da fábrica de celulose Eldorado adquirida por indonésios que detêm o controle acionário da Paper Excellence com sede na Holanda por R$ 15 bilhões, renova a esperança para o município ver o prosseguimento do Projeto Vanguarda 2.0, que amplia a fábrica de celulose que não foi adiante porque J&F não tinha o aporte financeiro para prosseguir sem outros parceiros nesta empreitada. A ampliação desta fábrica de celulose foi paralisada logo que começaram as investigações sobre as empresas do conglomerado da J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, maiores acionistas deste empreendimento. Envolvidos em negócios escusos, hoje estão na cadeia.

 A multinacional holandesa, que pertence à família Widjaja da Indonésia, detentora de cinco fábricas de celulose no Canadá e duas na França ao chegar por estas paragens somará a força de trabalho e investimento que contribui para o nosso desenvolvimento. O projeto Vanguarda 2.0 à ser concluído teve sua pedra fundamental lançada em junho de 2015. E, a Eldorado o intitulou como parte do maior complexo para a produção de celulose do mundo. Os controladores da J&F não conseguiram aportar para a ampliação da fábrica de celulose os R$ 10 bilhões de reais que previam e como consequência a intenção de duplicação da indústria não passou da terraplanagem do terreno e na execução de obras de captação de águas de chuva e drenagem. Mas, como Três Lagoas é uma cidade abençoada, esperamos que os novos proprietários anunciem para breve a retomada da ampliação da fábrica  e a contratação de empresas e operários que incrementam o comércio local e o setor de serviços. Assim, voltaremos a ser um novo canteiro de obras como fomos recentemente com a ampliação da Fibria, que cumpre o que anuncia. É fato que a corrupção que envolveu os irmãos Batista causou a suspensão do projeto de ampliação da Eldorado Celulose. Também, não foi diferente na construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras, tomada e assaltada por diretores corruptos e alguns, salvos, infelizmente pela delação premiada que atenua o tempo de cadeia de gente deste naipe. A Usina de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3), da Petrobrás, tem 80% da construção concluída é mais um desafio a ser vencido para a consolidação da nossa economia. A suspensão da sua construção em fase final, além de causar prejuízos à própria Petrobras e para inúmeros pequenos e médios empresários da cidade e da região, inegavelmente causou um grande prejuízo ao país que não é autossuficiente na produção de insumos para a agricultura. O anúncio nesta semana de que a fábrica da Petrobras será vendida, mostra que os bons ventos continuam a soprar em favor do município. A previsão é de que em até sessenta dias estabelecidos no edital de venda poderemos ter notícia de qual empresa fará a aquisição. E a partir daí, saberemos quando as obras serão retomadas, que novamente incrementará a geração de emprego, assim como reaquecimento do comércio local, que cresce e se desenvolve por conta do aumento da população que não para de crescer. A fábrica de fertilizantes de Três Lagoas terá capacidade para produzir 3.600 toneladas/dia de ureia, 2.200 toneladas/dia de amônia e 290 toneladas/dia de gás carbônico. Essa produção reduzirá substancialmente a dependência externa do Brasil, que hoje importa grande volume dos insumos utilizados na agricultura para o preparo do solo. A sua conclusão pelo gigantismo da produção e do envolvimento de mais indústrias, em torno de quinze, que serão instaladas no seu entorno, consolida Três Lagoas como polo industrial. Há de se lembrar de que uma fabrica de fertilizantes como a que se constrói em Três Lagoas deu origem ao grandioso polo petroquímico de Camaçari na Bahia. Somos uma cidade privilegiada, pois nesta edição o JP estampa na página cinco desta edição a construção de uma fábrica de cerveja será instalada em área próxima ao Cinturão Verde na saída para São Paulo com a promessa de gerar mais 200 empregos. Por essas e outras boas novas é que os bons ventos sempre continuarão a soprar em  nosso favor.

 

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