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Três Lagoas, 18 de abril

Cai interesse de jovens por eleição

Proporção de eleitores entre 16 e 17 anos de idade diminuiu 27% neste ano em comparação com as eleições gerais de 2014

Por Kelly Martins
07/10/2018 • 07h50
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Em Três Lagoas, quase 500 eleitores vão votar pela primeira vez usando o nome social no título de eleitor, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS). Eles têm entre 16 e 17 anos de idade e vão escolher o novo presidente da República, governador, senadores, deputados federais e estaduais, neste domingo, 7 de outubro. Nessa faixa etária o voto é facultativo e a proporção de adolescentes eleitores caiu nas eleições de 2018 em todo o país, de acordo com a Justiça Eleitoral. 

O cenário no município não é diferente. Houve queda de 27% se comparado com o pleito de 2014, quando 641 adolescentes foram às urnas. Já em Mato Grosso do Sul, o percentual caiu para 4% e a expectativa é de que 19,1 mil eleitores menores de idade participem das eleições gerais. 

O estudante Leonardo Vinicius Moreira, de 17 anos, faz parte das estatísticas do Tribunal Eleitoral. Ele declarou estar ansioso e demonstrou saber bem a importância do voto. “As pessoas lutaram tanto para conseguir o direito do voto. Por isso, acredito ser muito importante, que nós, jovens exerçamos esse ato, nas eleições”, disse. 

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Em Três Lagoas, 77.800 eleitores estão aptos para votar. Desse total, 110 têm 16 anos e 355, 17. No perfil do eleitorado três-lagoense a quantidade de jovens que vão votar pela primeira vez não chega a 2%. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 142,8 milhões de brasileiros que vão votar nas eleições deste ano, 1,6 milhão é menor de idade, o que representa 1,1% do total.

Para a professora e cientista social, Rafaela Ravagnani Arosti, vários fatores têm contribuído para essa redução. Escândalos, corrupção, momentos de grande tensão na política brasileira têm influência direta na motivação do eleitor, em manifestar o voto.

“Eu não vi nenhuma campanha que incentivasse os jovens a votar. O jovem hoje está menos preocupado com a questão política, pelas brigas, polarização, e se preocupando mais com os estudos, vida social, por exemplo. De certa forma, a política, na vida do brasileiro em geral está em segundo plano. Isso é um problema porque a política afeta a sociedade diretamente”, observou. 

O professor de Direito Eleitoral, Regis Carvalho, enfatizou a falta de interação entre o candidato e o jovem eleitor, principalmente, quando o assunto é a linguagem para esse público.

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