RÁDIOS
Três Lagoas, 25 de abril

Câmara aguarda notificação para decidir futuro político de Marisa Rocha

Vereadora teve liminar derrubada pela 1ª Turma Recursal Mista de Campo Grande

Por Ana Cristina Santos
03/03/2018 • 12h39
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A Câmara de Três Lagoas aguarda nova notificação do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul sobre o processo contra a vereadora Marisa Rocha (PSB), que teve liminar derrubada pela 1ª Turma Recursal Mista de Campo Grande, nesta semana. A vereadora foi condenada a um mês de prisão no regime aberto, e teve a pena substituída por multa de R$ 3 mil, que não foi paga dentro do prazo.

A defesa de Marisa apresentou um pedido de liminar no Juizado Especial de Campo Grande, e a relatora - a juíza Joseliza Alessandra Vanzela Turine -, suspendeu os efeitos da condenação e determinou que a apelação criminal interposta encaminhada para apreciação pela Turma Recursal aguardasse a decisão final para a incidência dos efeitos da condenação.

No entanto, na sexta-feira (23) a liminar foi derrubada durante sessão ordinária da 1ª Turma Recursal Mista. Com isso, permanece a decisão da Justiça de Três Lagoas que condenou a vereadora e arquivou o processo por ter transitado em julgado.

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A assessoria jurídica da Câmara informou que ainda não foi notificada dessa nova decisão.  Apenas da liminar que a vereadora havia conseguido para suspender os efeitos da condenação. Somente após receber algum comunicado, é que o presidente da Casa, André Bitencourt (PSDB), tomará alguma decisão em relação ao à cassação do mandato da vereadora ou não. O Legislativo disse que não sabe se cabe mais algum recurso.

Em relação à primeira decisão, a juíza encaminhou um ofício à Câmara com referência à Lei Orgânica do Município, que diz: “Perderá o mandato o vereador que sofrer condenação criminal com sentença transitada em julgado, em crime doloso”.

A vereadora foi condenada por acobertar um foragido da Justiça no sítio de sua família, como caseiro. Sem o respaldo da liminar, a vereadora poderá perder o mandato. O primeiro suplente é Celso Yamaguti (PSDB).

O CASO
Em agosto de 2013 a polícia apreendeu 200 quilos de maconha em um sítio da família da vereadora. Mas, a Justiça concluiu que a droga não era dela. No entanto, durante investigações, apurou-se que a vereadora teria acobertado o foragido no local. Por isso, ela foi condenada à multa.

A parlamentar teve, na época, 30 dias para pagar ou recorrer da condenação, mas perdeu o prazo. Em novembro do ano passado, o Ministério Público pediu a execução da sentença e o pedido foi aceito pelo juiz Rodrigo Pedrine Marcos.

A reportagem não conseguiu contato com a parlamentar, ontem, por telefone. Marisa também não respondeu a recados em sua caixa postal. 

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