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Três Lagoas, 26 de abril

Celulose pode dar ‘fôlego’ para Três Lagoas em 2016

Cidade aposta na expansão de fábricas para ganhar respiro diante da crise nacional

Por Renata Prandini
30/12/2015 • 09h53
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As previsões para 2016 não são das mais animadoras para a economia nacional. Tudo indica que a crise econômica deverá se estender por todo o ano de 2016. Entretanto, em Três Lagoas, pode haver um “respiro”.

De acordo com o economista Marçal Rogério Rizzo, professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) – câmpus de Três Lagoas, a situação econômica é um tanto quanto nebulosa no momento. Porém, existe a possibilidade de um maior “fôlego” dependendo da velocidade e da intensidade dos investimentos feitos nas obras de expansões das duas fábricas de celulose da cidade, Fibria e Eldorado. “Está muito difícil prever como será o ano de 2016. O país vive em uma crise econômica e instabilidade política sérias. Tudo agora depende do cenário político. Se esses investimentos forem concretizados de forma intensa em 2016, teremos um maior ‘respiro’. Se não, se esses investimentos vierem menos potencializados, poderemos ter um gargalo como este ano”, destacou.

Marçal explicou que a base de uma economia estabilizada depende, de quatro pontos: controle da inflação, alto nível de geração de emprego, distribuição de renda e crescimento econômico. “O cenário atual está desanimador. A imagem do país não está boa lá fora, com rebaixamentos de agências”. 

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E, pelas projeções, esse cenário vai se manter no próximo ano. Nesta semana, o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, apontou projeção de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2016 de 6,86%. “Esse será o primeiro biênio com decrescimento do Produto Interno Bruno (PIB) do país nos últimos 85 anos”, destacou.

Em contrapartida, a desvalorização do dólar favorece o mercado três-lagoense. A celulose, carro-chefe das exportações em Três Lagoas, é destinada principalmente para o mercado externo e o setor tem registrado lucro com o atual câmbio.

Tanto que o setor agropecuário de Três Lagoas será o único a fechar o ano com crescimento na geração de empregos. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), até novembro deste ano, o setor – motivado principalmente pelo ramo florestal – havia gerado 486 novos postos de trabalho no município. “Já é um reflexo dessa questão do câmbio”, destacou Marçal.

As obras de expansão das duas fábricas de celulose foram iniciadas no segundo semestre deste ano. A Eldorado Brasil lançou sua pedra fundamental no mês do aniversário de Três Lagoas e a Fibria, em outubro deste ano. Desde então, as duas empresas deram início à obras de terraplanagem e contratação de pacotes. A previsão é que as duas novas unidades entrem em operação até 2018.

 

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