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Três Lagoas, 26 de abril

Centro examina mais de 100 na Campanha de Câncer de Pele

Em Três Lagoas, o mutirão contou com a participação de três médicos dermatologistas, além de outros nove profissionais da área da saúde. No total, a equipe atendeu a 141 pessoas

Por Redação
27/11/2012 • 10h02
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O aposentado Alexandre Correia dos Reis, 71, acordou cedo no último sábado, pois tinha compromisso com a saúde. Ele foi um dos três-lagoenses que participou da Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Pele realizada no Centro de Especialidades Médicas (CEM). A campanha é uma realização da Secretaria de Saúde do Estado e da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
 
De acordo com a coordenadora da campanha em Três Lagoas, a dermatologista Maria Angélica Gorga, Alexandre dos Reis não apresenta nenhum sinal da doença. Porém, prescreveu ao aposentado o uso diário de protetor solar. “Sempre participo das campanhas de câncer de pele. É que trabalhei muitos anos como barrageiro exposto ao sol, e sem utilizar nenhuma proteção. Então, venho para saber se está tudo bem”, contou.
 
Em Três Lagoas, o mutirão contou com a participação de três médicos dermatologistas, além de outros nove profissionais da área da saúde. No total, a equipe atendeu a 141 pessoas. Deste total, 15 casos suspeitos foram encaminhados ao serviço de oncologia.  Segundo Maria Angélica, quando o câncer de pele é detectado precocemente há altos índices de cura. “Três Lagoas é uma cidade muito quente com muitos trabalhadores expostos ao sol, por isso, é importante sempre participar das campanhas de diagnóstico, além de fazer o uso frequente do protetor solar”, frisou.
 
Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o câncer de pele é mais comum entre pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles que apresentam doenças cutâneas prévias. Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias, são as principais vitimas do câncer de pele. Manchas que coçam, ardem, escamam ou provocam sangramento, sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor, feridas que não cicatrizam em 4 semanas e mudança na textura da pele ou dor são características do câncer de pele que o próprio portador dos sintomas pode detectar.
 
“Ao notar algum dos sintomas descritos, a pessoa deve procurar o posto de saúde mais próximo de sua residência e solicitar um encaminhamento com os dermatologistas da rede municipal de saúde”, informou Maria Angélica.
 
Hanseníase e Tuberculose
Paralelamente à Campanha Nacional de Câncer de Pele, foi desenvolvido o encerramento da Semana de Hanseníase e Tuberculose que também visa ao diagnóstico precoce da doença. De acordo com o coordenador Antônio Carlos Modesto, o tratamento para a hanseníase tem duração de seis meses a um ano, dependendo da forma clínica. E continuou: em 1998 Três Lagoas registrou um alto índice da doença com 80 casos novos, hoje, este número caiu para 20 casos ao ano. Atualmente, há 16 pessoas em tratamento. “A queda no número de doentes é fruto das campanhas de prevenção e diagnóstico”, relatou.
 
Já em relação à Tuberculose, houve um pequeno acréscimo. No ano passado, foram registrados 25 casos novos da doença. Neste ano, foram 27 casos. Esta variação, de acordo com Modesto, é considerada normal. Atualmente, 19 pacientes estão em tratamento.

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