RÁDIOS
Três Lagoas, 19 de abril

Cesta básica registra aumento de 2,78%

Baseado no salário mínimo de R$ 622,00, o trabalhador compromete 43,45% da renda com alimentação

Por Arthur Freire/JP
05/01/2013 • 07h30
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A cesta básica alimentar registrou alta de 2,78% no mês de dezembro de 2012 em comparação ao mês anterior. Em dezembro, o valor foi de R$ 270,25 contra R$ 262,94 em novembro. Os valores são baseados em pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Planejamento (Semac), divulgada na última quinta-feira.

Ainda segundo a Semac, em 2012, o índice acumulado apresentou aumento de 7,87%, e, nos últimos seis meses, registrou 4,55% de acréscimo. Dos 15 produtos que compõem a cesta básica do brasileiro, oito registraram acréscimos: tomate 17,35%; alface 11,94%; banana 5,71%; margarina 1,80%; laranja 1,71%; macarrão 1,70%; leite 0,94% e açúcar 0,75%. Já os produtos que apresentaram queda de preços foram os seguintes: batata 3,88%; feijão 3,45%; carne 1,30%; óleo 1,10% e arroz 0,60%. O pão e o sal mantiveram seus preços inalterados.

Segundo o gerente de compras, Luciano Malaquias, no supermercado Thomé o maior acréscimo foi na farinha de trigo. O produto registrou um aumento de 4,5%. A média mensal de venda na loja é de 10 toneladas. A alta do trigo, de acordo com Malaquias, é referente à queda na produção nacional. “Hoje, o Brasil importa a matéria-prima do Uruguai, Argentina e Paraguai”. Para garantir um bom preço do produto, o setor de compras fez uma grande aquisição do produto gerando estoque.

Já para o proprietário do supermercado Nova Estrela, Joaquim Barbosa, em dezembro há o aumento de produtos sazonais como castanhas, frutas cristalizadas, panetones, bebidas etc. Porém, a partir deste mês os preços de alguns produtos já começaram a cair, por exemplo, da batata e do tomate, que já foram reduzidos em 50%. “É natural o aumentar o consumo das mercadorias, consequentemente subir o preço, e vice-versa”.

CONSUMIDORES
Para a depiladora Marinalva Pereira Souza, o aumento dos produtos é superior ao divulgado pelos órgãos responsáveis. Ela cita como exemplo a banana prata que dobrou de preço - atualmente está por volta de R$ 2,70 o quilo. Marinalva também ressaltou que após o Natal o panetone continua com o mesmo preço. “Na verdade, eu esperava uma promoção de itens natalinos”, relatou. E continuou: “na área de limpeza o preço disparou. Está tudo muito caro”.

A funcionária do setor de serviços gerais, Lucimara dos Santos, informou que sentiu no bolso a alta dos preços, com destaque para o óleo, feijão e carne. Ela conta que não tem como deixar de comprar os produtos da cesta alimentar, porém, economiza em outras áreas como lazer.

Já o médico Domingos Martins disse que não olha preços e nem faz comparações entre supermercados. “Preciso comprar alimentos, então, não adianta ficar consultando valores”, falou.
Conforme a pesquisa da Semac, no mês de dezembro o trabalhador que recebeu um salário mínimo de R$ 622 precisou comprometer 43,45% de sua renda para aquisição da cesta de alimentos, restando-lhe R$ 351,75 para atender a suas outras necessidades básicas, como água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros.

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