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Três Lagoas, 26 de abril

Cinco bebês nascem com sífilis congênita e doença gera alerta em Três Lagoas

Doença tem cura, mas é necessário que tratamento seja concluído

Por Kelly Martins
20/07/2017 • 16h19
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Somente no mês de junho, cinco bebês foram diagnosticados com sífilis congênita, em Três Lagoas. O número é alto ao levar em consideração que de janeiro a junho cerca de oito casos foram registrados no município, conforme levantamento em hospitais. A doença causa alerta e a contaminação poderia ser menor se a gestante e o parceiro sexual buscassem pelo tratamento adequado.

Dessa forma, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Diretoria de Saúde Coletiva, orienta sobre os cuidados de prevenção que deve adotar frente à epidemia de sífilis, que vem aumentando a cada ano no Brasil. As gestantes devem ficar alertas, no caso de diagnóstico de sífilis, pois a infecção pode provocar má formação do feto e aborto. Após o nascimento, o bebê com sífilis tem elevado risco de morte e adoença pode se manifestar como pneumonia ou uma infecção generalizada, feridas no corpo e nas mucosas do nariz e da boca.

Por conta do alto índice de casos de sífilis congênita em Três Lagoas, a direção do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em parceria com a secretaria, promoveu recentemente palestra de capacitação dos profissionais da Saúde.

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“Essa capacitação se fez necessária e importante para fazer frente ao avanço dos casos de sífilis na nossa população”, informou a diretora de Saúde Coletiva, Carolina Ramalho Masuko. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, anualmente, surgem mais de 14 mil novos casos de sífilis e, nesse total, a Região Centro Oeste ocupa o primeiro lugar no ranking nacional da doença.  Especificamente, em Mato Grosso do Sul, o nível de incidência da doença é de seis casos para cada mil habitantes.

Doença

A diretora de Saúde Coletiva comentou que, o aumento da sífilis congênita, sífilis gestacional e sífilis adquirida são ameaça à saúde publica, porque a maioria da população pouco ou nada sabe sobre a doença, não só em relação aos riscos, mas também em relação às consequências dessa infecção.

 Carolina explicou que, o paciente com sífilis tem comprometimentos  sérios do sistema nervoso central, com doença neurológica, com quadros de demência, manifestações auditivas, oculares, cardíacas e ósseas. É importante lembrar que não existe uma vacina. A única forma de prevenir a sífilis é através do sexo seguro, usando sempre o preservativo masculino ou feminino.

A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra através da relação sexual; pelo beijo, se uma das pessoas possui lesões ativas nos lábios; transplacentonia (cordão umbilical) e durante o parto.

 Sintomas

O surgimento de lesões ulceradas, geralmente indolores, é o primeiro sintoma da doença. Num segundo momento surge a febre, que poderá evoluir para um quadro mais grave com artralgia (dores nas juntas), alopécia (queda dos cabelos) e o “rash” cutâneo, aparecimento de erupções cutâneas vermelhas em uma região específica do corpo, notadamente, na palma das mãos e dos pés.

(Com informações da assessoria)

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