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Três Lagoas, 20 de abril

Com 6 casos e uma morte, Três Lagoas entra na lista de alto índice de leishmaniose

Agentes de saúde realizam bloqueio nos bairros Santos Dumont e JK para pulverização de veneno contra o mosquito transmissor da doença

Por Kelly Martins
18/07/2017 • 09h17
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Três Lagoas está entre os três primeiros municípios de Mato Grosso do Sul com os maiores índices de leishmaniose visceral humana. Somente nos primeiros seis meses do ano seis moradores foram confirmados com a doença, entre eles, uma criança de sete anos que morreu após ficar internada no hospital, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. Em registros de casos, a cidade perde apenas para Campo Grande (21) e Corumbá (7).

Situação que coloca as autoridades em alerta. Diante dos dados, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) começou as ações de controle à leishmaniose visceral, conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde, que inclui a coleta de sangue nos cães no entorno do registro positivo, intensificação das orientações aos moradores e bloqueio em um raio periférico de nove quadras - 900 metros - para pulverização de veneno contra o mosquito palha (transmissor da leishmaniose).

De imediato, segundo a pasta, a ação ocorre nos bairros Santos Dumont e JK. “Como essa criança morou um tempo no Santos Dumont e, posteriormente, a família se mudou para uma residência do bairro JK, não temos certeza onde ela contraiu a doença. Por esse motivo, o bloqueio será num raio periférico de 900 metros,  nos dois últimos endereços onde a família dessa criança morou”, explicou o coordenador do CCZ, Alexandre Gorga.

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A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia, dentre outras manifestações, de acordo com o Ministério da Saúde. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é o mosquito-palha.

Orientações

Ele explica que a equipe de agentes monitora as residências e orienta sobre a doença. Também verifica se a família possui cachorro para fazer a coleta de sangue do animal para exame laboratorial.

“Feito o exame, teste rápido, a família é logo avisada se o resultado foi positivo ou negativo, para que as demais providências sejam logo tomadas, evitando os perigos da proliferação da doença”, explicou.

Ao todo, são 49 casos de leishmaniose confirmados em Mato Grosso do Sul, espalhados por 13 cidades, e cinco óbitos. Além de Três Lagoas, há confirmações de leishmaniose visceral nos municípios de Alcinópolis, Anaurilândia, Aquidauana, Bataguassu, Brasilândia, Campo Grande, Corumbá, Ladário, Dourados, Ponta Porã, Rio Negro e Rio Verde de Mato Grosso.

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