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Três Lagoas, 26 de abril

Com a alta do dólar, pão francês fica mais caro que o quilo da carne

Farinha de trigo utilizada nas padarias de Três Lagoas vem da Argentina e dólar é moeda usada nessa negociação

Por Tatiane Simon
22/11/2019 • 09h00
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Com a frequente alta do dólar, o pão francês também acaba encarecendo. Tem pãozinho mais caro que o quilo da carne de frango e até quase empatando com a carne bovina.

O quilo do pão francês custa, em média, R$ 10, nas padarias e supermercados de Três Lagoas. O pacote de 500 gramas do pão de forma tradicional custa quase R$ 9. Se for o mesmo pão, só que sem casca, chega de R$ 11. Tem pão mais caro que o quilo de carne. O pão caseiro comercializado em um supermercado da cidade custa R$ 14,90. O valor é R$ 3 mais caro que o quilo do fígado bovino. A bandeja de 500 gramas de coxa de frango sai por R$ 4,95 - a metade do preço do pacote de pão de forma.

Mas por quê o pão está carto? A resposta vem da alta do dólar. Isso porque o trigo usado na maioria das padarias de Três Lagoas vem importado da Argentina e a moeda oficial dessa negociação é o dólar. Ou seja, se o dólar sobe, a farinha de trigo também fica mais cara. E nessa equação, é o consumidor que paga mais caro.

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Pedro Tavares é proprietário de duas padarias instaladas na cidade. Segundo ele, a alta da moeda internacional influencia no comércio local. "A farinha que utilizamos vem da Argentina. Mesmo que nossa compra não é diretamente com o mercado argentino, tem a figura do fornecedor no meio, a gente acaba pagando conforme o dólar manda. Semanalmente, há aumento de pelo menos R$ 0,50. Há dois meses pagava R$ 59 no saco da farinha e hoje custa R$ 64. Nós ainda não repassamos o reajuste para o consumidor final, mas para o início de 2020 será inevitável", explica.

O aumento do preço dos combustíveis nas refinarias, anunciado pela Petrobrás no início desta semana, também reflete no preço mais salgado do pãozinho. "O caminhão que traz essa farinha para minha padaria precisa de combustível, é claro. Eu, aqui com meu comércio, dependo do combustível para fazer as entregas pelo delivery aos meus clientes. De uma forma ou de outra, se o combustível encarece, a gente também arca com uma conta mais alta", acrescenta o empresário.

Para driblar mais um gasto na rotina, na casa da Iracilda Moreira o pão francês não entra todos os dias. Segundo a dona de casa, é preciso ter controle. "Controle com os gastos e com a saúde! Sou diabética e não posso abusar de carboidratos e farinhas. Mas minha filha adora, então, levo para ela. E para economizar, às vezes, faço nosso próprio pãozinho caseiro", revela.

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