RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

Com calorão, rios se tornam opção de lazer e bombeiros alertam para riscos

Nos primeiros 17 dias de 2019, foram contabilizados três afogamentos em Mato Grosso do Sul

Por Redação
22/01/2019 • 09h40
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O consumo de bebida alcoólica nos momentos de lazer em piscinas, rios e mares traz um grande risco aos banhistas. Sob o efeito de álcool, perde-se a capacidade respiratória, capacidade motora, equilíbrio e força muscular, o que pode acabar em afogamento. As tragédias acontecem até mesmo com quem sabe nadar. O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul alerta para esses acidentes, em especial nessa época do ano, período de férias e calor.

“A ingestão de bebida alcoólica tem sido um fator complicador. Rios, mares e piscinas já são perigosos se não houver atenção, se o indivíduo beber, isso pode ser ainda pior. Até mesmo para quem sabe nadar, o álcool é fatal”, explicou o tenente do Corpo de Bombeiros Diego Baumgardt, mergulhador e especialista em salvamento aquático.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram registrados 50 atendimentos por afogamento em 2018 e 56 em 2017 no Estado. Nos primeiros 17 dias de 2019, foram contabilizados três afogamentos em Mato Grosso do Sul, um na Capital e dois no interior. Não há informações de quantas vítimas estariam  alcoolizadas nesses somatórios. Em Três Lagoas, não foi registrado nenhum caso neste ano. Destaque que até o ano de 2016 o município liderava o número de mortes por afogamento no estado.

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Tempo precioso

Quanto antes a vítima for retirada da água, as chances de sobrevivência aumentam, mas o tenente lembra que o tempo máximo entre vida e morte depende de cada organismo. Outro fator que pode contribuir para o final feliz de um afogamento é a temperatura da água. “Recentemente um jovem sobreviveu depois de ficar 30 minutos debaixo d’água. A temperatura da água ajudou porque preservou melhor os órgãos vitais”, explicou o tenente.

Quando a vítima é retirada da água ou consegue até mesmo sair sozinha, o importante é observar se há tosse, já que é o primeiro sinal de afogamento.

Em rios, balneários e piscinas:

Alimente-se com moderação, prefira comidas leves e não mergulhe alcoolizado;

Procure sempre um local com segurança de guarda-vidas;

Sempre que for nadar, avise um parente sobre o local para onde está indo e a hora programada para retorno;

Crianças não devem brincar em piscina sem a supervisão de um adulto. Mas não as deixe sob cuidados de pessoas estranhas;

As crianças não devem brincar de empurrar, dar “caldo” dentro da água ou simular que estão se afogando;

Não permaneça perto de embarcações;

Cuidado com o limo nas pedras ele pode fazer você escorregar e cair na água;

Nunca mergulhe de cabeça em locais com profundidade desconhecida.

Em caso de afogamento:

Se você for a vítima

Mantenha a calma e não lute contra a força e correnteza da água. Guarde suas forças para flutuar e tente acenar por socorro. É menos desgastante e produz maior efeito;

Só grite se realmente alguém puder lhe ouvir, caso contrário, você estará se cansando e acelerando o afogamento;

Coloque os pés à frente, barriga para cima e direcione o braço de forma a usá-lo como um leme, desta forma a própria correnteza o levará a margem;

Se você for socorrer alguém

 Analise os riscos e tome cuidado para não se tornar mais uma vítima;

Chame por ajuda e jogue qualquer material de flutuação ao afogado (garrafa pet vazia tampada, tampa de isopor, bola, etc.);

Deixe primeiro que a vítima se agarre ao objeto e fique segura. Só então tente puxá-la para a área seca, com ajuda de galhos, corda, ou outro material.

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