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Três Lagoas, 28 de março

Com índice da dengue quase zerado, Cidade vira referência

Cairam em 99,57% os casos, após medidas de combate ao Aedes

Por Divulgação
23/12/2008 • 06h10
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Uma redução de 99,57% no índice de infestação da dengue, após enfrentar duas epidemias nos anos de 2006 e 2007, foi registrada em Três Lagoas, neste ano - uma queda significativa nos casos da doença, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde. Até novembro passado, o Município registrou 15 casos confirmados. Em 2007 foram notificados 3.476 casos e em 2006, foram 2.272 pessoas infestadas pela doença.
Para as autoridades sanitárias, esse resultado não foi por acaso. Para conseguir essa redução houve uma série de medidas adotadas, que juntas produziram um resultado positivo. Além de seguir os 10 mandamentos do Programa Nacional de Combate à Dengue, a Saúde Municipal aplicou medidas alternativas para controlar a doença, como o uso de equipamentos de controle - armadilhas Mosquitrap (monitoramento inteligente da dengue por geo-processamento) - e o bio-larvicida BT-Horus.
Outra medida que também colaborou foi a instalação do Ecoponto (depósito de pneus velhos recolhidos na cidade, que ficam ao abrigo da chuva e depois vão para reciclagem).
Também houve um trabalho educativo nas escolas, com a distribuição de material didático sobre a prevenção da doença e o combate ao mosquito Aedes Aegypti.
Apesar da boa notícia, o secretário municipal de Saúde, Jorge Augusto Martinho, alertou que os cuidados permanecem. “É preciso que os cuidados para a prevenção da doença continuem. Não podemos deixar que a dengue volte para nossa cidade”, afirmou.
Para a prefeita Simone Tebet, além das ações implantadas e o trabalho dos agentes de saúde, a participação da população foi a principal responsável pelo sucesso do município no combate e diminuição dos casos da doença. “A população deve se orgulhar porque a conquista é de todos”, apontou. Ela afirma que o impulso maior para o trabalho veio com a possibilidade de Três Lagoas ser modelo de combate para salvar vidas em todo o Brasil, implantando em outras cidades as ações que aqui foram desenvolvidas de forma pioneira e que obtiveram sucesso.
“Nós tivemos a coragem de implantar ações inovadoras em 2007, que proporcionaram a redução dos casos em Três Lagoas, espero que os outros municípios obtenham o mesmo sucesso no combate à dengue”, concluiu Simone.

REFERÊNCIA


Conforme as autoridades da área, as ações implantadas no combate à doença transformaram Três Lagoas em referência nacional no controle de endemias do Ministério da Saúde. Além disso, a experiência também será aplicada a partir de janeiro de 2009 em Campo Grande, que enfrentou uma epidemia em 2007.
A iniciativa de avaliar a eficiência dessa experiência na Cidade é fruto de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, Programa Nacional de Combate à Dengue e Governo do Estado.
O sistema é uma nova tecnologia composta por armadilhas “Mosquitraps”, que são impregnadas com um produto sintético de oviposição, o AtrAedes, que atrai as fêmeas grávidas do mosquito com um feromônio desenvolvido nos laboratórios da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); e do Geo-Dengue, software criado para realizar a transmissão, em tempo real, das informações de campo colhidas pelos pesquisadores.
A principal vantagem da armadilha é oferecer informações confiáveis e rápidas, através de gráficos e mapas com dados georreferenciados, sobre a presença do vetor e respectivas áreas de risco. Com estas informações, os recursos de combate à dengue são aplicados antecipadamente, diminuindo a proliferação das larvas.

 

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