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Três Lagoas, 23 de abril

Consumidores reclamam de reajuste de R$ 32 no salário mínimo

Governo baixou a previsão de reajuste para R$ 969; valor é R$ 10 menor que o anunciado anteriormente

Por Sergio Colacino
16/08/2017 • 16h14
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Se antes já estava difícil de engolir, agora o reajuste no salário mínimo acabou de vez com as esperanças do trabalhador em aumentar o poder de consumo. O governo baixou em R$ 10 a previsão para o salário mínimo em 2018. Com isso, o reajuste deve cair de R$ 979 para R$ 969. A redução, se confirmada, pode gerar uma economia de R$ 3 bilhões ao governo no ano que vem. Atualmente, o mínimo é de R$ 937.

“Esse aumento vai trazer mais dificuldades porque, aumentando o salário mínimo, as coisas vão ficar mais caras também e vai ficar mais difícil para as pessoas terem poder de compra”, diz o arquiteto André Cardoso. “É uma vergonha. Se você olhar, a inflação subiu bem mais que isso”, lamenta o professor João Luciano.

No supermercado, por exemplo, o valor não deve fazer muita diferença na hora das compras. Com R$ 32 a mais no bolso, é possível comprar um saco de cinco quilos de arroz, que custa em torno de R$ 15 e dois quilos de feijão (R$ 9). Se o consumidor decidir levar para casa um quilo de coxão duro (R$ 15), por exemplo, já estoura a cota. “Se pegar uma promoção, consegue levar uma coisinha a mais. Do contrário, não dá para comprar nada”, afirma Luciano.

Na higiene pessoal, o valor é suficiente para comprar um desodorante spray (R$ 15), um xampu (R$ 10) e quatro sabonetes (R$ 8). Mas é preciso ficar atento às marcas para não passar o limite.

Além disso, um pacote de papel higiênico com 16 rolos custa R$ 27. Com o novo salário mínimo, é possível levar só mais um desinfetante (R$ 5) para casa. “Com esse dinheiro, só um quilo de carne e uma salada”, opina a dona de casa Ivone Venâncio.

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