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Três Lagoas, 26 de abril

Cooperativas do MS assinam contratos com BNDES

Valor dos contratos é superior a R$ 4 milhões

Por Redação
12/01/2013 • 08h12
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Cinco cooperativas de produtores rurais de Três Lagoas e região vão assinar neste mês contrato com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essas cooperativas são beneficiadas pelo Programa de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Local (Redes de Desenvolvimento Sustentável), desenvolvido pelo Instituto Votorantim. No total, o valor envolvendo as cinco favorecidas é superior a R$ 4 milhões. O investimento é custeado 50% pelo Votorantim e 50% pelo BNDES.

Conforme Evania Lopes, consultora de sustentabilidade da Fibria (unidade em MS), após a assinatura, as cooperativas começam a receber a verba em parcelas, de acordo com cronograma do BNDES, o qual não foi divulgado. 

Em Três Lagoas, segundo a consultora de sustentabilidade, o distrito de Arapuá é o mais beneficiado. Três das cinco cooperativas concentram-se nessa área. A quarta está no distrito de Jupiá. Já a quinta é no município de Brasilândia.

Em Arapuá, uma das cooperativas de produtores rurais será agraciada com a construção do minilaticínio no valor de R$ 995.374. A usina terá capacidade para pasteurizar e ensacar até seis mil litros de leite ao dia. De início, cerca de 80 pessoas serão beneficiadas direta e indiretamente, mas esse número pode aumentar de acordo com produção do laticínio. 

A outra cooperativa contará com a construção da Casa do Mel, que vai favorecer cerca de 100 famílias direta e indiretamente. A cooperativa vai receber R$ 659.375. Porém, os apicultores já têm colmeias instaladas nas florestas plantadas de eucalipto da Fibria – projeto Caminhos do Mel. A partir da Casa do Mel, os produtores terão um local para processar e envazar essa matéria-prima. 

A terceira é a cooperativa dos produtores que vão investir no Viveiro de Mudas Nativas e Frutíferas. As árvores serão 100% do bioma cerrado. O projeto vai custar R$ 318.087 e beneficiará 50 famílias. “Hoje, a legislação exige que as propriedades tenham 20% de mata nativa. A partir daí, os produtores enxergaram que há demanda no estado. Até então, as mudas plantadas em área reflorestadas aqui no MS são adquiridas no estado de São Paulo. Lá, a região é de mata atlântica e não de cerrado”, explicou a consultora. 

No distrito do Jupiá, a cooperativa vai investir no Frigorífico de Pescado, beneficiando 340 pescadores. Além do frigorífico, os cooperadores também vão investir em tanques-redes. O valor da obra será de R$ 1.537.269. Para Evania, o tanque-rede é um projeto totalmente sustentável. Estes pescadores terão duas fontes de extração, os tanques e a pesca no rio Paraná. “Este é o maior projeto em volume financeiro no Brasil do Instituto Votorantim em conjunto com o BNDES na linha de produção alimentar”, explicou a consultora. 

Brasilândia
Em Brasilândia, já existia uma associação de apicultores, porém, não contava com equipamentos para processamento e envaze. Com o projeto Redes, a associação transformou-se em cooperativa e será comtemplada com R$ 624.215 reais. Esses apicultores, há dois anos, são parceiros da Fibria no projeto “Caminhos do Mel”.

Segundo Evania, as cinco cooperativas além de receberem toda a estrutura física, receberão também assessoria técnica de acompanhamento por meio da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Fundação Getúlio Vargas (ITCP/FGV) e do próprio Programa Redes. Ela explicou também que os planos de ações de negócio foram desenvolvidos pelos produtores rurais com base na vocação do local onde vivem. A data da assinatura dos convênios ainda não foi definida.

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