O major Luiz Antônio de Mello, comandante do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros, em Três Lagoas, convocou uma coletiva com a imprensa para alertar a população sobre os riscos de se aventurar em rios e córregos para escapar do calor neste verão. 
De acordo com ele, a atenção para casos de afogamento aumenta a cada estação, no entanto, neste fim de ano, a incidência de casos vem preocupando a corporação. Mello informa que neste ano 107 pessoas morreram vítimas de afogamento em Mato Grosso do Sul, sendo onze dos casos registrados somente neste final de semana. “Em 15 dias, seis pessoas morreram afogadas em Três Lagoas e região. O número corresponde ao total de todo ano de 2007”, reforça. Entre os casos de afogamento, um dos mais dramáticos foi registrado na semana passada, quando quatro adolescentes da mesma família morreram no rio Verde, município de Água Clara.  Do começo do ano até hoje, o Corpo de Bombeiros registrou oito óbitos por afogamento no Município e região.
“A população precisa ter consciência de que água nunca é segura. Uma bacia com água pode levar uma criança à morte, caso não tenha ninguém por perto. Os riscos aumentam ainda mais quando se trata de rios, onde há correntezas e terrenos irregulares”.
E ele completa: “É isto que ocorre com a região da Cascalheira. O local é aparentemente tranqüilo, entretanto, seu leito é bastante irregular, o que pode levar pessoas com pouca habilidade na água à morte”. Hoje, a área – interditada pelo Município há três anos – faz parte de um dos locais com maior incidência de mortes por afogamento. Na lista de “locais perigosos”, também aparecem o rio Verde e o rio Sucuriú. “O ideal é que as pessoas não procurem esta área, até mesmo porque se está interditada, quem for flagrado lá corre o risco de responder por isto”.