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Três Lagoas, 19 de abril

Crescem casos de abuso sexual contra crianças

Em 2017 foram registrados 80 crimes de abuso contra crianças em Três Lagoas

Por Ana Cristina Santos
11/03/2018 • 07h05
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Os casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, em Três Lagoas, registram aumento de 29% no ano passado, comparado ao mesmo período do ano anterior. Em 2017, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) atendeu 80 crianças e adolescentes vítimas de abuso. Em 2016, foram 60 casos registrados, aumento de 29%.

Nos dois primeiros meses deste ano,  foram registrados mais 10 casos. Em janeiro seis, sendo um menino e cinco meninas. Em fevereiro, houve quatro casos de abusos contra meninas.  A maioria das vítimas tem de 7 a 12 anos. 

No ano passado, 35 crianças e adolescentes na faixa etária de 7 a 12 anos foram abusadas sexualmente em Três Lagoas. Depois estão adolescentes de 13 a 17 anos, com 29 casos no ano passado. De 0 a 6 anos foram 16 casos em 2017.

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Das 80 crianças e adolescentes vítimas de abuso no ano passado, 60 eram meninas e 20 meninos.

De acordo o diretor do Departamento de Proteção Social da Secretaria de Assistência Social, Luiz Fernando Tombeli Fochi, a maioria dos casos ocorre dentro de casa, ou com alguém da família.
Para ele, o índice de abuso sexual é alto. “Comparando os dados, a gente percebe que os casos aumentam a cada ano. Isso não é considerado ruim, porque mostra que as pessoas estão criando coragem de denunciar.

Antes, os casos ficavam escondidos embaixo do tapete, agora não, denunciam. Isso é reflexo também das ações, das campanhas de orientações que são feitas”, destacou.

A “porta de entrada” para descobrir os casos é o Conselho Tutelar, segundo Luiz Fernando, além de denuncias feitas por meio do serviço disque 100 - número exclusivo, criado pela Secretaria de Direitos Humanos. “As pessoas fazem denúncias anônimas”, frisou.

O município dispõe de duas equipes para atender vítimas e famílias, e que todos os casos são encaminhados ao Poder Judiciário.

Em alguns casos, as vítimas são levadas para unidades de acolhimento. Até o mês passado, segundo a Promotoria da Infância e Juventude, seis crianças que sofreram abusos estavam  em abrigos por não terem recebido proteção das famílias. Algumas porque ficaram do lado do agressor ou não quiseram se responsabilizar pelo filho.

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