RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

Crianças aprendem a arte de pintura a óleo em azulejos

Projeto em diferentes módulos, conta com apoio da comunidade católica da Capela São Pedro

Por Redação
23/12/2008 • 06h45
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Mais de 380 crianças e adolescentes se inscreveram para participar de um ou mais módulos de um projeto social, que está sendo desenvolvido pelas Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, na capela São Pedro, no bairro Guanabara.
No primeiro módulo, já iniciado, 45 crianças e adolescentes estão aprendendo a arte da pintura em azulejos. Usando tintas coloridas, os próprios dedos como pincéis e alguns outros materiais, as crianças aprendem a desenvolver a arte da pintura, dando asas à imaginação, ao talento e à mistura de cores, sob a orientação da artesã irmã Zélia Lopes da Silva. Em pouco tempo, o azulejo branco, vira um quadro de uma paisagem colorida, que é colocado em uma moldura artesanal de madeira.
Terminado esse módulo de pintura em azulejos, o projeto prevê outros módulos, como pintura em cerâmica, arte em cerâmica, pintura em tecidos, costura, bordados e outros.
A idéia surgiu após a realização de um trabalho missionário, no bairro Guanabara, em julho deste ano. As Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado chegaram à conclusão da necessidade de desenvolver vários projetos sociais, voltados às crianças e adolescentes. No trabalho pastoral, foi constado que maioria delas permanecia ociosa nas ruas, “porque estas crianças não tinham nada para fazer”, comentou a irmã Zélia.
Além de religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, Zélia é presidente da Associação dos Artesãos de Três Lagoas. “Nós percebemos que, fora do horário escolar, as crianças e adolescentes viviam nas ruas, em situações de risco, expostas a uma série de problemas”, comentou.

RESULTADO


“Lançamos a idéia de desenvolver vários projetos, que atraíssem voluntariamente as crianças e o resultado foi surpreendente e animador’, comentou a Irmã. Segundo ela, a maioria das inscrições foi feita pela própria criança. “Ela mesma é que demonstrou interesse e veio escolher qual o módulo em que deveria se inscrever”, informou Irmã Zélia.   
A própria comunidade da Capela São Pedro está arcando com as custas do projeto. “Arrumamos um grupo de 10 pessoas amigas da criança e do adolescente. Cada uma delas se comprometeu a doar, durante cinco meses, a quantia de R$ 30 por mês”, informou a Irmã Zélia, que as crianças chamam de “professora”.
Ela comentou que, “não precisa de muito dinheiro para a gente fazer com que estas crianças não fiquem jogadas nas ruas, mas aprendam algo de útil para a sua formação e não fiquem expostas à criminalidade”, disse.
Atendendo paciente e dedicadamente a cada criança que chamava por ela para olhar o andamento de cada trabalho, Irmã Zélia comentou: “elas ficam ansiosas para ver o resultado final de cada trabalho e ficam admiradas com a beleza da paisagem que conseguiram reproduzir”. 

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