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Três Lagoas, 27 de abril

Cultura natalina se mistura entre imigrantes e três-lagoenses

Imigrantes e intercambiários passam o Natal em Três Lagoas e contam como se adaptaram para as festas de fim de ano brasileiras

Por André Barbosa
25/12/2017 • 11h00
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Natal e o Ano Novo é um misto de tradições culturais? Cada qual com seu costume típico, famílias ao redor do mundo passam os dias natalinos, juntas, rezando ou orando, cantando e dançando, praticando simpatias, trocando e abrindo presentes e, comendo! Mas, principalmente, desejando votos de paz, união, amor e prosperidade a todos. Em Três Lagoas, muitos imigrantes e visitantes estrangeiros comemoram o Natal bem brasileiro, sem perder suas origens e felicitando os três-lagoenses, a sua maneira.

Alemães, americanos, egípcios, italianos, argentinos, libaneses, haitianos, angolanos, marroquinos e um sem número de estrangeiros vivem em Três Lagoas. Boa parte, já criou raízes na cidade e não intencionam mais voltar para suas terras. Com isso, também herdaram os costumes locais de final de ano.

Se em muitos lares brasileiros não podem faltar a típica árvore natalina, o presépio que representa o nascimento de Jesus Cristo e a carismática figura do Papai Noel, em algumas culturas orientais, sequer pronunciam a palavra Natal. É o caso da família da brasileira Juliana Moreira, casada com Sufian El Hassani, que herdou as tradições de fim de ano dos Marroquinos. Apesar disso, fazem questão de felicitar a todos, no idioma de Marrocos e também em Português. “No começo foi difícil. A língua brasileira é difícil e para a minha nação não existe o Natal. Mas, respeitamos isso em todo o mundo. Procuramos, em nosso dialeto, felicitar pelo dia natalino e o fim de ano, juntos”, revelou o marroquino.

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O haitiano Frantz-Set Valcius (33), em solo três-lagoense, desde 2012, tratou de entrar no clima do período cristão. “No Haiti não havia serviço. Depois do terremoto, vi a oportunidade de vir ao Brasil, em busca de emprego e poder ajudar minha família. Sempre gostei das ‘coisas’ brasileiras. Agora, mais adaptado a cultura local, eu e minha família comemoramos alguns eventos tradicionais como o Natal, em que reunimos toda a família”, informou Frantz-Set, que fala inglês, francês, espanhol e português.

Quase igual

Outros, como mexicanos, americanos, alemães, estão de passagem pelo município, em busca de ampliar seus conhecimentos culturais, entre outros, como o caso de alunos de intercâmbio e professores. Para estas nações, a comemoração do Natal e Ano novo, soam semelhantes em muitos aspectos.

“Na Alemanha, a data também é reservada para muitas comemorações em família, com muito vinho quente, comida farta, abertura de presente e passar o dia com os parentes. Principalmente, com os avós. NO dia 25, não falamos alto. Somos comedidos e vamos a igreja”, contou a estudante Hannah Cherdron, 17.

“No México, a noite do dia 24 também é repleta de simpatia! Andamos com malas em volta da sala, para que no ano que se inicia, possamos concretizar muitas viagens pelo mundo”, disse Vinícius Pereira Falco dos Santos (16), que passou uma temporada no país.

Na Áustria, devido ao frio, não pode faltar comida farta, com muitas batatas.“A diferença do Natal austríaco e o três-lagoense é o frio. Mas, a tradição familiar é a mesma, com muita comida típica. Na Áustria, o idioma é o alemão”, contou a intercambiária Juliane Rodrigues (17).

E, em dos mais emblemáticos países que celebram o Natal, nos Estados Unidos percebe-se que, tradicionalmente, as tradições americanas não são tão diferentes dos brasileiros. “É um dia (24) em que esperamos ansiosos para a meia-noite. Faz muito frio, todos os anos e comemos muitas comidas típicas, como o Peru de Natal. Abrimos os presentes, que na maioria das vezes trocamos somente com a família e no dia 25, vamos a igreja”, disse a americana Sara Nicole Bartmess (15).

Ao final das contas, comemorando ou não o Natal, todos desejam a mesma coisa... Feliz Natal e um excelente e próspero, Ano Novo!

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