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Três Lagoas, 26 de abril

Decisão do STF libera venda da UFN 3 a russos

Após liberação pelo STF, estatal mantém exclusividade do negócio com grupo da Rússia, que deve assumir dívida de R$ 200 mi

Por Valdecir Cremon
26/01/2019 • 07h00
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A Petrobras anunciou, nesta sexta-feira (25), por meio de sua assessoria de comunicação, que vai retomar o processo de venda da UFN 3 de Três Lagoas “do ponto em que foi paralisado”, no final do ano passado. A retomada inclui outras duas empresas: uma de gás e outra de fertilizantes. 

A retomada de negociações com compradores será baseada na cassação de liminar dada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) em ação movida pelo PT, pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. Em comunicado feito ao mercado, dia 17, a estatal não cita a fábrica de Três Lagoas, mas afirma que parecer da Advocacia Geral da União (AGU) conclui que atende a requisitos de análise feita pelo STF em uma ação direta de inconstitucionalidade do PT, e que “detém autorização legislativa para alienar suas subsidiárias e obedece aos princípios constitucionais ao desinvestir”.

A assessoria não confirmou que a UFN 3 esteja sendo negociada com o grupo empresarial russo Acron nem citou valores. O projeto têm 82% concluídos. Um cálculo do mercado aponta a necessidade de investimento de mais R$ 1 bilhão. O Acron teria aceito pagar R$ 3,2 bilhões pela fábrica e investir mais R$ 5 bilhões no prazo de 10 anos. O grupo não se pronunciou sobre a negociação. Informou apenas que lançou nova planta de fabricação de fertilizantes - a terceira em solo russo -, com investimento de US$ 550 milhões. Também confirmou abertura de um escritório de representação  e negócios na região centro de São Paulo (SP).

DÍVIDAS
Com a possível retomada da obra, empresários do comércio, prestadores de serviço e ex-operários das empreiteiras Sinopec e Galvão Engenharia poderão receber R$ 200 milhões em dívidas - um terço deste valor apenas de processos trabalhistas.

De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jayme Verruck, a Acron deve ficar responsável pelos pagamentos. As empresas têm ações judiciais contra a estatal desde o rompimento do contrato da construção, em dezembro de 2014.

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