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Três Lagoas, 19 de abril

Dengue é muito mais grave que coronavírus, defendem especialistas

Para especialistas, não é preciso alarde, pois a chance de morrer de dengue no país é maior do que do novo coronavírus

Por Tatiane Simon e Stefany Pincela
09/02/2020 • 07h00
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Alvo de muita especulação, o novo coronavírus tem preocupado as autoridades. O Ministério da Saúde, inclusive, reativou o Grupo de Trabalho Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional, que atuou em situações, como a pandemia de influenza, e agora, no caso do novo coronavírus. Mesmo com tantos esforços, o infectologista da saúde pública de Três Lagoas, Delso do Nascimento, avalia que a grande preocupação é em torno da dengue. “É muito mais grave que o coronavírus. Vemos focos criadouros do Aedes aegypti no país todo, em todos os bairros de Três Lagoas, por exemplo. A dengue é o que mata brasileiro todo dia hoje. Os casos suspeitos de coronavírus devem sim serem  investigados. Mas a dengue é muito mais preocupante que o coronavírus que sequer chegou aqui”, opina.

O discurso do especialista segue a mesma linha de opinião de outras autoridades. Como a do ministro da Saúde, Luiz Mandetta, do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, e também da secretária municipal, Angelina Zuque. Em entrevista coletiva, nesta semana, o ministro da Saúde declarou que há empenho no trabalho de prevenção ao avanço do novo coronavírus no país. “A gente está trabalhando hoje numa corrida mundial pela vacina e pelo teste rápido, que é feito no consultório, e na busca por medicamento. É muito mais grave dengue, você tem muito mais chance de morrer de dengue no Brasil, hoje, do que de coronavírus.”

Segundo o infectologista, não é necessário tanto alarde, por enquanto. “Não é a primeira vez que o vírus aparece com esse potencial. Em 2002 ele já causava infecções gravíssimas na China. Em 2010, infecções nas vias aéreas o coronavírus voltou a ser surto. Historicamente, isso significa que já tivemos dois grandes surtos de infecção respiratória. E agora, 2019 um novo surto com risco de uma pandemia, mas não podemos aplicar a ‘teoria do caos’. Já enfrentamos situações semelhantes e devemos repetir as medidas de proteção para prevenção”, conclui.

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