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Três Lagoas, 23 de abril

Depois do fiasco, Misto dá calote em jogadores

Atletas “originais” da equipe estão sem receber; ex-presidente critica gestão 2016

Por Sérgio Colacino
09/04/2016 • 10h31
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O pesadelo de ser rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Sul-mato-grossense de futebol ainda assombra parte do elenco do Misto Esporte Clube. Nove jogadores do grupo que fracassou na campanha do Estadual deste ano têm de conviver com um problema além do fiasco: eles ainda não receberam o pagamento pelos meses que vestiram a camisa do Carcará da Fronteira.

“Nós recebemos duas parcelinhas, digo assim porque no futebol a gente tem uma gíria que é o famoso ‘cala boca’, quando eles pegam um montante mínimo, vão lá e repartem com os atletas”, conta o meio-campista Maringá, um dos mais identificados com o clube e que também está nessa situação. 

Com contrato até junho, o atleta espera receber pelo menos pelos dias trabalhados. “A diretoria prometeu que até amanhã (sexta-feira, 8) estaria quitando tudo com a gente, mas essas promessas a gente já vem recebendo há três meses. Então é difícil acreditar em alguma conversa que vem deles”, desabafa. A diretoria do clube não se pronuncia oficialmente. 

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Para os jogadores, o discurso é que os salários deveriam ser pagos pela TNY, empresa parceira do Misto e responsável pelos salários dos atletas e comissão técnica. O problema é que o dono da empresa, Tony Montalvão, anunciou o fim da parceria antes mesmo do término do campeonato e pagou apenas jogadores que trouxe à cidade.
O empresário não foi localizado,nesta sexta-feira, para falar do assunto. 

Os contratados pelo Misto ou indicados por terceiros, levaram calote. Para o ex-presidente do clube, Antônio Carlos Teixeira, o Misto errou ao fechar essas parcerias. “O Tony Montalvão acampou os jogadores que são dele; são da sociedade que ele fez com o Misto. Ele tem que pagar esses jogadores”, afirma. “Isso foi feito errado. Não fizeram um papel, não fizeram um contrato. Foram parcerias que fizeram na loucura”, completou.

Enquanto isso, os atletas continuam alojados em uma casa, bancada pelo clube. Lá, todos passam pela mesma angústia: esperam ser pagos para pode ir embora para casa. O roupeiro da equipe recebeu apenas um dos quatro meses trabalhados. Cansou de esperar e deixou a cidade mesmo sem o dinheiro. A cozinheira e a lavadeira também reclamam de falta de pagamento. Um fim melancólico para uma trajetória que começou com o pé esquerdo. “Eu já trabalhei aqui em 2014, sempre tive uma visão muito boa do Misto. Mas igual aconteceu esse ano, nunca tinha visto. A gente só que receber o nosso dinheiro e ir embora”, diz o meia Maílson.

ESTADUAL
Duas partidas abriram, na quarta-feira, a fase de quartas de final do Campeonato Sul-Mato-Grossense. Em Chapadão do Sul, a Serc perdeu por 1 a 0 para o Sete de Setembro. Jaime marcou o único gol da partida que dá ao time douradense, o direito de perder por um gol de diferença para garantir pela 1ª vez na história, vaga na semifinal. O jogo da volta será disputado amanhã, às 17h, no Douradão. 

Em Costa Rica, o Corumbaense reverteu a vantagem do Costa Rica e venceu por 3 a 1. Rafael Augusto, Tuia e Jhonny marcaram os gols do carijó. Thales descontou para o Costa Rica. As equipes se enfrentam no jogo de volta, hoje, em Corumbá, às 18h. O Corumbaense pode até perder por até um gol de diferença para chegar a semifinal pelo 2º ano consecutivo. E agora, tentar o título. Já o Costa Rica precisa vencer por dois gols de diferença para ir pela 1ª vez na história para a semifinal.

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