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Três Lagoas, 25 de abril

Deputado quer trazer indústria para Três Lagoas

Deputado Eduardo Rocha participou do programa RCN Notícias 2ª Edição

Por Redação
06/04/2013 • 07h45
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Caso a Prefeitura de Campo Grande não se manifeste sobre o protocolo de pedido de doação de terreno e isenção de impostos, Três Lagoas poderá receber duas fábricas de maquinários pesados. A proposta é do deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB).

De acordo com ele, o projeto de implantação das duas unidades, uma de tratores e outra de linha amarela (pás-carregadeiras, escavadeiras etc.), do grupo chinês Lonking, visa contemplar Campo Grande. Entretanto, o pedido de doação de terreno e isenção de impostos foi protocolado há mais de 30 dias e, até agora, segundo Rocha, não houve resposta do município. “A preferência deles [empresários] é por Campo Grande, onde contam com dois sócios, mas o grupo já está esperando há 30 dias e não houve retorno. Aqui [Três Lagoas], em contrapartida, é rápido. Em 48h, a prefeita [Márcia Moura] elabora o projeto e encaminha para a Câmara. Em uma semana, já estará tudo pronto para essas fábricas se instalarem na cidade. Por essa razão, se não der certo lá, vamos lutar para trazer essa fábrica para cá”, disse.

Juntas, as duas unidades somam um investimento de R$ 200 milhões e deverão gerar, quando entrar em funcionamento, aproximadamente 1,5 mil empregos, entre diretos e indiretos. A capacidade de produção da indústria é de 22 mil máquinas por ano.

Apesar disso, o deputado pede para que não sejam geradas expectativas sobre a implantação dessas empresas. O parlamentar frisou que a intenção dos empresários é levar o projeto para a Capital. “Apenas se não der certo lá, é que vamos lutar para trazê-los para Três Lagoas. Por isso, não podemos ter muita expectativa em relação a isso, pelo menos não por enquanto”.

MÃO DE OBRA
A preferência do grupo por Campo Grande, explicou Rocha, deve-se à facilidade de mão de obra existente em Campo Grande, com mais de 800 mil habitantes. O projeto de implantação de uma unidade em Mato Grosso do Sul surgiu em outubro do ano passado. Na época, a convite de investidores, uma comitiva sul-mato-grossense fez uma visita à China. “Eles tinham interesse em trazer duas fábricas para o Brasil e, como têm sócios em Campo Grande, escolheram a capital. Em fevereiro deste ano, foi protocolado o pedido. Da parte do governo do Estado, está tudo certo. Só falta a Prefeitura de Campo Grande se manifestar”, disse.
Um dos motivos para a lentidão no processo em Campo Grande, informou o deputado, deve-se à falta de nomeação de um titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e também do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande, o Condecom. 

EQUIPARAÇÃO
Entretanto, para o deputado, a provável aprovação do projeto de lei do governo federal de equiparação do ICMS deverá impossibilitar, não só a vinda dessas indústrias para Mato Grosso do Sul, como de outras. “Se fixarem 4% para todos os estados, vamos perder a força do incentivo fiscal. Como irão sobreviver e se desenvolver os estados brasileiros do Centro-Oeste e do Nordeste?”, questiona. O parlamentar defende projeto com espaço de transição, sendo com 4% para estados “ricos” (São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina) e 7% para os menos desenvolvidos.

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