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Três Lagoas, 25 de abril

Dobra número de doadores de medula óssea em Três Lagoas

De janeiro a agosto deste ano, 257 pessoas de cadastraram para doar, mesmo sem uma campanha de doação em andamento

Por Ariane Pontes
11/09/2015 • 09h04
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O Hemonúcleo de Três Lagoas fechou agosto com um saldo positivo de doadores de medula óssea. No mês, o órgão conseguiu ultrapassar o número total de cadastros de doação de 2014.

De janeiro a agosto deste ano, 257 pessoas procuraram o hemonúcleo para fazer o cadastro. Em todo o ano passado, houve 255.

Na cidade, ainda não existe nenhuma campanha para novos cadastros, além de ações de funcionários do próprio hemonúcleo e de doadores, que abordam moradores para entrar no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome). Para os testes de compatibilidade e de aptidão à doação, o doador cede cinco mililitros de sangue. O material é enviado a laboratórios cadastrados pelo Ministério da Saúde e, caso haja a compatibilidade com candidatos a transplante, o doador passa por cirurgia para doação.

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Conforme explicou Silvana Domingos Ribeiro Aizawa, assistente de serviço de saúde do hemonúcleo, o aumento no número de cadastros deve-se ao trabalho dos profissionais de saúde do local, “Antes, nem todos que vinham ao hemonúcleo sabiam que poderia ser feito o cadastro para doação. Agora, todas as pessoas que passam pelo centro de doação são abordadas e informadas”.

No Mato Grosso do Sul existem 117.381 pessoas cadastradas no Redome. Também no Estado, dez pessoas aguardam na fila de transplante. No Brasil, 1.275 pacientes estão à procura de um doador.

O país conta com 3.700 milhões de doadores cadastrados, sendo o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, atrás somente dos Estados Unidos, com 7,9 milhões, e da Alemanha, com cerca de 6,2 milhões. A chance de se identificar um doador compatível, no Brasil, na fase preliminar da busca é de até 88%, e ao final do processo, 64% dos pacientes têm um doador compatível confirmado.

PROCESSO

Para se tornar um doador, é necessário preencher um formulário e doar cinco mililitros de sangue para análise de características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o receptor.

Os dados pessoais e os resultados dos testes do doador voluntário de medula óssea são armazenados em um sistema informatizado da Redome, que realiza o cruzamento com dados do receptor.

Em caso de compatibilidade, o doador é comunicado para exames complementares e para a possível cirurgia. Todo o custo desses processos é coberto pelo SUS. O processo cirúrgico de retirada do líquido da medula é realizado principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Passo a passo para se tornar um doador

- Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, sob anestesia, e se recompõe em apenas 15 dias.

- Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue para testes, que determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

- Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.

- Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.

- Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma em 88 mil!

- Por isso, existe o Redome, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. 

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