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Três Lagoas, 25 de abril

Dois corpos e duas ossadas foram encontradas na região da Cascalheira, em Três Lagoas

Região pertence a área de preservação ambiental e é considerada inapropriada para banho

Por Tatiane Simon
14/08/2017 • 17h03
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De abril a agosto deste ano, dois corpos e duas ossadas foram encontrados na região da Cascalheira, em Três Lagoas. O fato mais recente foi registrado neste domingo (13), em que um corpo em decomposição foi encontrado ao final de uma estrada vicinal nesta região. A denúncia feita à Polícia Militar ocorreu na sexta-feira (11), mas o corpo só foi localizado dois dias depois. A Polícia Civil investiga agora se o corpo encontrado pelos policiais do Serviço de Inteligência da PM  é de Anderson Barbosa Bezerra, de 32 anos. "Dinho", como era conhecido. Ele possuía várias passagens pela polícia por furto, tráfico de drogas, portar drogas e outros crimes. Era considerado desaparecido desde o dia sete de agosto deste ano, mas o registro do desaparecimento só foi feito no dia 10 de agosto. O corpo de Anderson Barbosa foi reconhecido por um tio e tinha uma marca de perfuração na cabeça.

Anteriormente, em maio, duas ossadas humanas foram encontradas por soldados do Exército, que integram a 3ª Bateria de Artilharia Antiaérea. Os restos mortais estavam na mata, às margens do Rio Paraná, na região conhecida como Cascalheira. Uma das ossadas pode pertencer a Cristiano Santos, desaparecido desde 2013, e reconhecido pela irmã através de uma cirurgia óssea realizada nesse na região cervical, proveniente de uma tuberculose, quando foram afixados pinos cirúrgicos no local. A família ainda aguarda resultado do DNA e trâmites legais para que a Justiça reconheça oficialmente o óbito e dê à família condições de sepultar o corpo. A outra ossada ainda não foi identificada pela polícia.

O primeiro registro deste ano foi em abril após dias de tensão vividos pela família do empresário paulista Marcos Alexandre Ribeiro, de 42 anos, que ficou desaparecido por uma semana; ele foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte).  Sete pessoas envolvidas com o crime foram presas. O caso foi esclarecido pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil e do Serviço de Inteligência da Polícia Militar de Três Lagoas.

O local é conhecido pelas belezas naturais e pelas práticas inapropriadas de pesca e banho por moradores. A região é área de preservação ambiental próximo à Termelétrica Luís Carlos Prestes e é considerada pelos Corpos de Bombeiros como inapropriada para banho devido a existência de pedras, ferro e tocos de madeira. A profundidade do rio é de aproximadamente oito metros. O JPNEWS já noticiou este alerta em 2015 quando um jovem desapareceu enquanto nadava. Outro caso que chocou Três Lagoas e que reforça o perigo das águas desta região foi o carro encontrado e retirado pelos bombeiros em 2013, com placa dublê e que havia sido jogado dentro do rio Paraná para ocultação de crime.

 

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