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Três Lagoas, 19 de abril

Dois dias depois de Três Lagoas completar 103 anos, morador celebra centenário

Rafael Bazan nasceu em terras três-lagoenses e nunca pensou em mudar de cidade

Por Tatiane Simon
15/06/2018 • 16h00
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Um três-lagoense filho de Três Lagoas. Literalmente. Redundante? Não para o seu Rafael Bazan. Perto de completar 100 anos, o aposentado faz aniversário dois dias depois de Três Lagoas comemorar 103.

Nas fotografias, as recordações. Na memória, a história em cores e narrada cronologicamente de quem nasceu em terras três-lagoenses e nunca pensou em mudar-se daqui. A medida que seu Bazan crescia, Três Lagoas se modernizava. E não pensa que o tempo fez com que tantas vivências fossem esquecidas.

“São 100 anos aqui, é verdade... Tudo o que chegou em nossa cidade eu tenho na memória. Esse asfalto mesmo, é novo. Foi feito eu já era velho [risos]. Televisão então... Era artigo de luxo e só tinha dentro da casa de rico. Aqui não tinha hospital. Todo mundo nascia em casa”, relembra sobre a casa em que nasceu no bairro em que morou por mais de 30 anos, o Santa Luzia.

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Seu Bazan tornou-se homem, fez a vida ao lado da esposa Clementina Oliveira Bazan, de 93 anos, e tiveram 7 filhos: Milton, de 78 anos, Ailton, 76, Nilton [in memorian], Lourdes (72), Lúcia (69), Moacir (67) e José (59). O sustento vinha da profissão de como mecânico ferroviário. Três Lagoas crescia junto. Ganhava mais moradores, mais investimentos. Um fazendo parte da história do outro.

Hoje, com quase 78 anos de casados, o quintal da casa de seu Bazan fica pequeno quando reúne os seis filhos, 21 netos, 31 bisnetos e o os oito tataranetos! Será que tem fórmula para casamento duradouro?  

“Tem que ter amor, né? Respeito, fidelidade também. Mas se não houver amor, não se tem nada. Nossa rotina é viver aqui juntinhos e abraçadinhos. Desse jeito vale a pena viver”, revela.

São 100 anos. Contados em cada ruga, nos olhos saudosos, na voz estremecida de quem viveu uma vida tranquila e perto de quem mais ama. Com toda essa idade seu Bazan não se entrega. Aos 100 anos, o que seu Bazan mais sabe fazer é agradecer. “A Deus. Devo tudo a ele. Minha vida nunca foi de luxo, sempre foi de trabalho”, finaliza.

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