RÁDIOS
Três Lagoas, 25 de abril

Dois dos quatro mortos pela PM eram menores

Na troca de tiros com policiais, jovens de 16 e 17 anos foram atingidos no peito

Por André Barbosa
14/04/2018 • 07h02
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Dois homens e dois adolescentes morreram em um tiroteio com policiais militares de Três Lagoas, por volta de meio-dia de quinta-feira (12), em ruas próximas ao Presídio de Segurança Média da cidade. A ação impediu que a quadrilha atirasse 4,7 quilos e maconha e três celulares para dentro da cadeia - prática que tem se repetido nos últimos meses - de acordo com a PM. Segundo os militares, todos portavam revólveres calibre 38 e 32, que possivelmente também seriam arremessados.

Os feridos foram levados para o Hospital Auxiliadora, mas não resistiram. As mortes foram confirmadas por volta das 14h. 

O comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, major Ênio de Souza, informou que a PM flagrou o grupo após denúncias anônimas e passou a patrulhar as proximidades do presídio. Policiais da rádio patrulha pediram reforço de uma equipe da Força Tática. "Me causou estranheza, ver mais de dois suspeitos neste tipo de ação criminal. Priorizamos a superioridade numérica policial em casos assim", explicou o major. 
Ainda de acordo com a PM, nenhum dos suspeitos portava documentos, o que, inicialmente, dificultou a identificação. 

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As mortes serão investigadas em inquérito da Polícia Civil, com laudos das armas que seriam dos suspeitos, além de exames necroscópicos. Também deverá ser apurado de quais armas partiram os tiros que provocaram as mortes. Os PMs envolvidos no caso prosseguem em trabalho nas ruas, mesmo com investigação em andamento por meio de um inquérito militar. 

ADOLESCENTES
No final da tarde, familiares foram ao Instituto Médico e Odontológico (Imol) reconhecer os corpos - todos continham marcas de tiros no peito. 

Foram identificados, o estudante Marlon Farias da Silva, de 16 anos, e os irmãos Matheus Batista Rodrigues, de 17, e Maicon Willian Rodrigues Guimarães, de 20, também estudantes. O último, Jucivaldo Francisco Nunes Tomaz, conhecido por "Val", de 32 anos, trabalhava como chapa e tinha diversas passagens policiais, por furto, pertubação de sossego, posse e tráfico de drogas, além de lesão corporal. A maioria dos registros ocorreu em Paranaíba. 

Marlon iria completar 17 anos no dia 30 deste mês. É o único que não tinha passagem na polícia. Mateus teve registro por lesão corporal, pertubação de sossego e flagrante de roubo e ficou apreendido na Delegacia de Polícia, em 2016. Maicon passou pela Delegacia da Mulher (DAM), este ano, por estupro de vulnerável.

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