RÁDIOS
Três Lagoas, 25 de abril

J&F é condenada no processo em que pedia indenização do presidente da Paper Excellence

Juiz afirma na sentença que J&F age de má-fé; controle da fábrica Eldorado em Três Lagoas é disputado entre J&F e Paper Excellence

Por Redação
16/05/2020 • 11h30
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O juiz Guilherme Ferreira da Cruz, da 45ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou a J&F -controladora do grupo JBS - por litigância de má fé em um processo que a própria holding move contra Claudio Cotrim, diretor-presidente da Papel Excellence no Brasil e determinou à holding pagamento de multa de R$ 29,7 mil.  O processo tem relação com a venda pela empresa dos irmãos Batista da fábrica de celulose Eldorado, em Três Lagoas, ao grupo holandês Paper Excellence, ocorrida em 2017. 

De acordo com o portal Valor Econômico, no despacho, do dia 11 de maio, o magistrado afirma  que a JF com má fé no desenrolar da transação acionária "praticando conduta análoga à extorsão  durante a negociação para venda da unidade em Mato Grosso do Sul, no valor de R$ 15 bilhões. Os dois grupos travam batalhan judicial pelo controle da planta industrial.

A sentença foi resultado da ação cível que a J&F ajuizou pedindo indenização por danos morais do diretor-presidente da Paper Excellence, Cláudio Cotrim,  por ele ter concedido entrevista à mídia relatando sua versão dos fatos sobre o imbróglio da disputa pela Eldorado Brasil Celulose.

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Cotrim tem dito que a J&F, para entregar a Eldorado, pediu mais R$ 6 bilhões além do que já tinha sido acertado no contrato de compra e venda. Na decisão, além de inocentar executivo, o magistrado disse ser inegável que "a J&F - efetivamente -  quis elevar em quase R$ 6 bilhões o preço do negócio; daí sua inquestionável litigância de má-fé".
No despacho, foi lembrado que, em outro processo relacionado ao caso, a J&F disse ter sugerido à Paper Excellence, em reunião em Los Angeles (EUA), o pagamento  do valor extra para fechar o negócio.

Em nota ao jornal Folha de S.Paulo, a J&F  mantém a afirmaão de que o executivo da Paper Excellence "fez uma acusação falsa e que não pode sustentar".

"A má-fé que há no processo é unicamente de Cotrim, que distorceu documentos e fatos para induzir a Justiça ao erro, antes que a J&F tivesse a oportunidade de se manifestar a respeito deles. Má-fé há por parte de Cotrim, que faz acusações sem sequer ter estado presente na reunião que narrou", diz a empresa, segundo o jornal paulista.

A empresa vai recorrer da decisão. O Executivo da Paper Excellence não quis comentar o caso, conforme a Folha.

(Com informações de Valor Econômico)


 

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