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Três Lagoas, 19 de março

Dores sem 'razões' por mais de três meses são sintomas de fibromialgia

Especialista aponta os principais diagnósticos e as possibilidades de tratamento para quem sofre com sintomas da doença

Por Tatiane Simon
20/05/2018 • 08h00
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Se você tem andado cansado e indisposto, principalmente com dores nas mãos, costas e braços, é provável que esteja sofrendo de fibromialgia. O diagnóstico final, é claro, quem dará é o médico especialista, mas estes são alguns dos sintomas, segundo apontou a reumatologista Maria Savazi. 

Mas, afinal, que doença é essa? A especialista explica que é uma forma de reumatismo, associada à sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. Mas há outros sintomas bastante comuns, como dificuldade para se concentrar, alteração de memória, dor de cabeça e enxaqueca, entre outras diagnosticadas.

Por conta da quantidade de sintomas, Maria Savazi ressalta que não é raro a demora pela consulta médica com um reumatologista.

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Depressão ou ansiedade também fazem parte desta lista, que chega a assustar leigos e acomete quase 3% da população brasileira. Recentemente, a doença ganhou destaque na imprensa mundial com o cancelamento da apresentação no “Rock in Rio” da cantora norte-americana Lady Gaga. Na época, por meio de sua conta no Twitter, a popstar pediu desculpas aos fãs. “Tenho que cuidar do meu corpo agora”. 

De acordo com a reumatologista, a fibromialgia é uma síndrome, de natureza não inflamatória e de etiologia desconhecida, que se manifesta no sistema musculoesquelético, podendo também afetar outros sistemas e está relacionada a um distúrbio da percepção da dor ao nível do sistema nervoso central.
Maria Savazi explica não há nenhum exame que comprove a presença da doença no paciente por não se tratar de enfermidade que causa inflamação e, desta forma, não há uma alteração dos exames laboratoriais e de imagem desses pacientes.

Homem ou mulher?
A fibromialgia é uma queixa comum no consultório do reumatologista, sendo as mulheres na faixa etária dos 30 aos 50 anos as mais comprometidas, mas também pode ocorrer na infância e na terceira idade”, esclarece Savazi.

Qual o tratamento?
O tratamento é voltado às manifestações clínicas para alívio da dor, melhora da qualidade do sono, equilíbrio emocional e melhora do condicionamento físico e fadiga. “Pode ser usado tratamento farmacológico (uso de medicações) associado ao não farmacológico, que são os exercícios físicos, principalmente os aeróbicos de baixo impacto, que auxiliam no relaxamento e fortalecimento muscular”, ressalta. Os exercícios também estimulam a liberação de endorfinas, que funcionam como antidepressivos e analgésicos, proporcionando uma sensação de bem-estar.

Há cura?
Conforme a especialista, não. “Mas existe o tratamento para controle das crises de dor. É necessário educar e informar o paciente e seus familiares, proporcionando-lhes o máximo de informação e fazendo com que estes assumam uma atitude positiva perante a doença”, explica.

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