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Três Lagoas, 19 de abril

É hora de exercitar a criatividade, dizem empresários sobre crise

Apesar do momento difícil para a economia, confiança e coragem preponderam

Por Ana Cristina Santos
09/04/2016 • 10h16
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O país passa por uma crise econômica e financeira. Muitas empresas fecharam as portas e demitiram funcionários. Outras, para “não deixarem a peteca cair” se adequaram, enxugaram o quadro de funcionários e, mantêm as portas abertas.    

O empresário Leandro Thomé é um dos que se adequou para enfrentar essa crise - que acredita ser passageira. Além de reduzir o quadro de funcionários, cortou investimentos e o volume de compras. Tudo isso, segundo Thomé, foi necessário para garantir o funcionamento de dois supermercados.

Apesar do atual cenário econômico, Três Lagoas vive uma situação diferenciada devido à expansão das fábricas de celulose. “A situação em Três Lagoas está melhor do em outras cidades. Por mais que os investimentos dessas grandes empresas sejam gradativos, diferente do que ocorreu no passado, isso ainda ajuda muito a cidade. Todos os setores conseguem absorver um pouco do crescimento alcançado pelas fábricas. Três Lagoas é uma cidade abençoada devido a esses investimentos”, frisa.

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Para Thomé, reduzir o ritmo, nesse momento, é normal. No entanto, entende que as empresas precisam manter o otimismo. “Como disse, acredito que a crise é passageira e que depois vamos viver bons momentos”, aponta.

A Daterra Empreendimentos Imobiliários também passou por um processo de adequação para enfrentar o atual cenário econômico e “não deixar a peteca cair”. A empresária Paula Souza Ratto disse que, além da redução nos custos, a empresa adotou novos métodos de trabalho para oferecer um serviço de qualidade aos clientes.

“A empresa tem que se adequar à realidade do mercado. Pedimos que os donos dos imóveis sejam mais flexíveis nas condições de pagamento, enfim adotamos uma estratégia de trabalho diferenciada. Cortamos aquilo que é considerado superficial para conseguirmos arcar com todos os compromissos”, destaca Paula. 

A Daterra está há 35 anos no mercado imobiliário de Três Lagoas e já passou por outras crises. Em todos,  conseguiu superar e manter-se em atividade. “Temos uma equipe que está conosco há muito tempo. Uma equipe direcionada e qualificada, o que faz toda diferença” ressalta.

ESTRATÉGIAS
Encontrar alternativas para continuar vendendo produtos e serviços é vital durante o período. Sócio-proprietário de quatro supermercados, o empresário Joaquim Romero Barbosa, da Rede Nova Estrela, sabe bem disso.

Assim como os demais, Joaquim também disse que foi obrigado a reduzir o quadro de funcionários e enxugou gastos. Para não ser obrigado a aumentar preços, disse que o segredo é negociar com fornecedores e comprar em grandes quantidades. “Isso facilita para a gente conseguir dar um atrativo a mais para o consumidor final”, destaca.

Além disso, a Rede de Supermercados Nova Estrela aposta em promoções para atrair clientes. “Estamos sempre apresentando uma novidade para o cliente, como prêmios, por exemplo. O segredo é sempre criar algo diferente”, ensina o empresário. 

No mercado há 30 anos, o empresário Antônio Carlos Teixeira, dono da Tietê Materiais de Construção, disse que já passou por crises piores e conseguiu se superar. “São nessas horas que os bons se sobressaem. Estou no mercado de materiais para construções desde 1986, e foi nas crises que nossa empresa cresceu mais”, revela.

Teixeira disse também que investe em  duas lojas de sua rede e que pretende abrir a terceira - esta de multicasa. “A crise é para os grandes, os fortes se sobressaírem. Acho que a crise não pode influenciar você a desistir do que almeja. A crise serve para sobressair aos outros que, não tem condições de ficar no mercado. Nós sempre crescemos mais nesse período de crise. Tenho certeza que daqui um ano, ou no máximo dois, estaremos com a terceira loja”, adianta.

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