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Três Lagoas, 25 de abril

Eleições, pra quê?

Leia o editorial do Jornal do Povo deste sábado (30)

Por Redação
30/05/2020 • 06h00
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Não faltam (nunca faltaram) os que defendam a qualquer pretexto a não realização de eleições. São caras...o povo não sabe votar... a pandemia pode se agravar...seria melhor gastar o dinheiro com a saúde... são argumentos sacados com destreza pelos que vêem na democracia em mal em si e imaginam que a sociedade seria melhor sem ela. Uma por má fé, outros por ingenuidade.

Os defeitos que um processo político traz em si, seguem ao longo do tempo sendo aprimorados, quando o que prevalece é a vontade da maioria. A experiência democrática, até hoje, não foi superada por nenhuma outra forma de participação e compartilhamento de poder e decisões. Os regimes não democráticos perdem virtudes mais cedo e se sustentam quase sempre na exceção e na truculência.

Para lembrar, o Brasil está vivendo agora o maior e mais longo período democrático de sua história. E já se vão dois presidentes afastados no meio do mandato, inúmeras crises políticas e econômicas, sucessivos embates entre Poderes, nos mais diferentes níveis de gestão, para citar alguns elementos. E, nada disso abalou a democracia, nem mesmo a pandemia.

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A crise na saúde e o risco de contaminação estão sendo levados em conta apenas para uma eventual mudança de datas. E ponto.

O Brasil e os brasileiros continuam traçando seus destinos a partir do oto. E a eleição serve para isso. Podem apontar defeitos, falhas mas não apontam um caminho melhor, capaz de representar o pensamento da maioria. E é esta a questão central.

A eleição é a principal ferramenta da mudanças, de correção de rumo ou de manutenção do que está indo bem. E, passando, pela primeira vez na história de três décadas de normalidade democrática, com eleições regulares a cada dois anos, o Brasil e o brasileiros ganham força e experiência democráticas. Força para entender que esse é o melhor caminho sempre. Experiência para seguir melhorando a discussão e a escolha.

Prevalece assim, a máxima dos tempos da resistência democrática, quando se lutava pela volta das eleições, segundo a qual a democracia, como a liberdade, só se aprende usando.

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