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Três Lagoas, 26 de abril

Em ano de altos e baixos, celulose fecha 2017 liderando exportações

Prisão de executivos e incertezas do mercado não afetam desempenho e produto corresponde a 89% das vendas para o exterior

Por Sergio Colacino
30/12/2017 • 07h30
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Depois de um ano de altos e baixos para a indústria, a celulose termina 2017 como principal produto da economia de Três Lagoas. Escândalos, prisões de executivos, venda e inauguração de fábricas marcaram o ano que, apesar de tudo isso, será lembrado como positivo. Carro-chefe da balança comercial, a celulose representa 89% das exportações do município, que correspondem a US$ 923 milhões.

A “confusão” do mercado começou com a prisão dos donos J&F, holding que detinha a Eldorado Brasil. Os irmãos Wesley e Joesley Batista confirmaram em delação premiada que a fábrica em Três Lagoas foi construída por meio de propina para facilitar financiamentos. Investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF), a Eldorado viu o início da operação de sua segunda linha adiado para 2020. Em setembro, a empresa confirmou a venda da unidade de Três Lagoas para o grupo Paper Excellence por R$ 15 bilhões. Nada disso, no entanto, pareceu afetar o desempenho do mercado. A empresa registrou lucro líquido de R$ 347 milhões só no terceiro trimestre. Na semana passada, recebeu autorização para produzir 1,53 milhão de toneladas por ano de celulose, 17% a mais que atualmente.
Alheia às polêmicas, a Fibria tem motivos para comemorar. A empresa até surgiu como possível compradora da concorrente, mas o negócio esfriou. Nada que fizesse diferença para seu desempenho. Em agosto, a Fibria iniciou as atividades da sua segunda linha de produção, a Horizonte 2, aumentando a capacidade de produção para 3,25 milhões de toneladas de celulose/ano e teve lucro líquido de R$ 742,3 milhões no terceiro tri - quase 26 vezes acima do resultado de um ano antes. E o crescimento deve ser maior em breve: no começo do mês, o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, admitiu a construção da terceira fábrica de celulose, que pode ser uma “réplica” do projeto Horizonte 2. 

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