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Três Lagoas, 25 de abril

Em cartório, mãe de Maika se retrata de acusação que fez contra filha que está presa

Jovem que perdeu a guarda dos filhos está presa há 14 dias no presídio feminino de Três Lagoas

Por Ana Cristina Santos
26/05/2018 • 10h00
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Selma Aparecida Gomes, mãe de Maika Luzia Gomes Romão de Almeida, de 21 anos, que perdeu a guarda de dois filhos, e está presa desde o dia 12 deste mês, registrou um documento em Cartório se retratando da acusação que fez contra a própria filha.

Segundo consta no documento registrado em Cartório, no dia 11 de maio, Selma compareceu a Promotoria de Justiça de Três Lagoas e fez declarações falsas contra Maika e outras pessoas. No documento não consta as acusações, mas segundo o Ministério Público Estadual, a jovem e pessoas de elevada periculosidade" estariam tramando um atentado contra um membro da Promotoria de Justiça e parentes”.

Ainda de acordo com o documento registrado em Cartório, Selma disse que tal atitude foi motivada pela intenção de reaver a guarda do filho que foi trazido de Paulicéia (SP) por Maika para Três Lagoas no dia 8 deste mês.

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Diante da denúncia, o Ministério Público instaurou um inquérito para apuração e entrou com um pedido de prisão contra Maika, o que foi aceito pela 2ª Vara Criminal de Três Lagoas. A jovem está presa no presídio feminino da cidade, o qual abriga cerca de 70 internas.

O advogado Rodrigo Narcizo dos Santos apresentou a defesa na semana passada, mas o juiz Ronaldo Onofre Gonçalves negou , sob a alegação de que, os vídeos e conversas gravadas, divulgadas nas redes sociais por Selma desmentindo o depoimento, não teriam a mesma validade que uma denúncia. “Por isso, juntamos um documento, produzido em Cartório, por livre e espontânea vontade, perante um tabelião, vai ter a força para desfazer o erro, a mentira narrada inicialmente”, disse o advogado.

Advogado de Maika concede entrevista à TVC

Ainda de acordo com o advogado, Selma está muito arrependida do que fez contra a filha, pois teria tomado a atitude por uma questão familiar, mas acredita que o Judiciário acatará o pedido de soltura de Maika, que já está presa há 14 dias.

O advogado visitou sua cliente nesta sexta-feira (25) e disse que, apesar dela estar presa- “o que não deixa ninguém bem”, Maika está entendendo o tramite do processo, mas que espera ser liberada logo.

OUTRO LADO

Na semana passada, os promotores de Justiça, Jui Bueno Nogueira e Rosana Suemi Fuzita Irikura falaram sobre a prisão de Maika. Alegaram que o pedido formulado pelo Ministério Público ocorreu a partir de informação fornecida espontaneamente por um familiar de Maika que teria declarado que a jovem e outras pessoas estariam tramando um atentado contra um membro do MP. O caso também é investigado pela Polícia Civil.

Os promotores, no entanto, não comentaram sob a perda da guarda dos filhos. Uma ação sobre esse caso corre em segredo de Justiça e, até hoje, não foi divulgado o motivo pelo qual Maika perdeu a guarda das duas crianças menores de três anos.

Maika chegou a comentar em sua página pessoal na rede social que perdeu a guarda dos filhos sob a alegação de que não cuidava das crianças, não tinha residência fixa e que morava em local insalubre. Argumentou ainda, que já tinha melhorado de situação e estava casada novamente. Alegou também que os filhos sofriam maus-tratos na Casa Acolhedora, o que foi negado pela Secretaria de Assistência Social, responsável pelo órgão.

Segundo apurado pela reportagem, os filhos de Maika já teriam sidos adotados.

Na semana passada também, a associação que representa os promotores de Justiça divulgaram uma nota defendendo a atuação da colega que teria movido à ação em relação à guarda das crianças. A promotora responsável pelo caso prefere não manifestar sobre o assunto. 

 

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