RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

Empreendedorismo. A saída

Leia o Editorial do Jornal do Povo deste sábado

Por Redação
14/12/2019 • 08h00
Compartilhar

A ampliação do uso da internet fez nascer diversas atividades econômicas, entre múltiplas formas de  contato social, negócios e golpes. Mas, apesar dos lados ruins, a rede mundial de computadores é a grande via condutora das maneiras de sobrevivência de um número incontável de pessoas que fazem das listas de contatos e grupos as suas redes de venda de produtos manufaturados, caseiros e transformados. É delas que surge o grande movimento de negócios, comparado ao que geram as grandes redes de varejo e o e-commerce. Por isso, a saída para que essa grande massa que trabalha por meio da rede é o empreendedorismo muito além do MEI ou de programas semioficiais. 

O empreendedorismo para essa multidão formada por cozinheiras de marmitas, panificadoras de panetone, montadores de móveis, o pessoal da construção civil e todos os demais segmentos que precisam da comunicação interpessoal da internet para continuar negociando suas produções e serviços. Então, é preciso mais. A rede, por maior que seja, certamente se tornará pequena para o tamanho do número de trabalhadores que, já há bastante tempo, não encontram o que fazer na economia formal, com carteira assinada. 

Essa grande dificuldade do país, de gerar empregos e oferecer segurança à massa de desempregados, está, ao menos temporariamente, baseada na força dos contatos gerados pela internet. A pergunta é: até quando isso será suficiente e capaz de manter a renda de quem sobrevive de vender por listas? Parece evidente que haverá uma estafa desta maneira de conquistar negócios.

O apoio ao empreendedorismo, seja pela criação de mecanismos de incentivo à geração de pequenas empresas ou pela “pejotização” do mercado de trabalho, é a saída para impedir que todos se estabeleçam na mesma plataforma e isto cause uma saturação da rede - algo improvável em âmbitos maiores do mercado. Porém, profissionais como os citados neste texto trabalham em âmbito menor, no circuito familiar, entre amigos ou, no máximo, entre bairros. São eles que precisam de algo mais sólido do que a eficácia das postagens em Facebook ou nas mensagens de zap porque não têm a  força de capital para atuar em outras áreas. Para eles, o fortalecimento do empreendedorismo é a saída para evitar que voltem a engrossar a fila do desemprego. 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

Mais de JPNews Três Lagoas