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Três Lagoas, 24 de abril

Empresa da Indonésia assumirá comando de 100% da Eldorado Brasil

Paper Excellence ganhou por três a zero a arbitragem contra a J&F na disputa pela fábrica de celulose

Por Ana Cristina Santos
03/02/2021 • 18h15
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A Paper Excellence ganhou por três a zero a arbitragem contra a J&F que definia o caso da venda da Eldorado Brasil, empresa de celulose de Três Lagoas.

 A fábrica foi vendida pela J&F em setembro de 2017 para a Paper Excellence pelo valor de R$ 15 bilhões. Entretanto, os compradores, entraram na Justiça contra a J&F por violação do contrato. A venda estava condicionada ao pagamento  de parte das dívidas da Eldorado pela empresa da Indonésia.

O contrato previa que, se em um prazo de 12 meses,  a Paper  não cumprisse com os itens previstos no documento, seria sócia minoritária da Eldorado Brasil. A J&F holding da família Batista acertou a venda de 100% da fábrica. No entanto, em setembro de 2018, quando a Paper Excellence já detinha 49,41% das ações, a J&F declarou extinto o contrato, sob a justificativa de que a J&F não havia liberado garantias prestadas em dívidas da produtora de celulose, uma pré-condição para aquisição do controle.

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A compradora alegou ainda que a J&F agiu de má-fé, dificultando a liberação das garantias, e que cobrou R$ 6 bilhões a mais para dar sequência ao negócio. O impasse foi parar na Justiça. Um tribunal arbitral foi aberto em abril de 2019 para analisar o processo de venda da fábrica, que tem a J&F com 50,59% do controle e a Paper com 49,41% das ações.

Há 15 dias, o tribunal arbitral chegou a uma decisão e a submeteu à matriz da Câmara de Comércio Internacional (lCC). Segundo publicado nesta quarta-feira (3), pela Folha de São Paulo, a Paper Excellence venceu a disputa e passa a ter 100% da Eldorado Brasil.

Em entrevista à Folha, Claudio Cotrim, diretor-presidente da Paper Excellence no Brasil, acusou a família Batista de ter solicitado R$ 6 bilhões a mais do que teria direito em contrato para finalizar a venda da fábrica de celulose Eldorado. “Achávamos que nosso contrato era forte, mas não há contrato que se defenda de má-fé”, disse Cotrim à Folha em sua primeira entrevista após o início da disputa.

A J&F ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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