Depois de desembarcarem em Três Lagoas, de serem recebidos pelo presidente da empresa e de conhecerem de perto as instalações da fábrica, investidores chilenos da Celulosa Arauco y Constitucion fizeram uma nova oferta pela Eldorado Brasil Celulose. A primeira proposta de R$ 11 bilhões, feita na semana que passou, acaba de ser substituída por outra ainda maior. O Grupo chileno teria avaliado a empresa ainda controlada pelos irmãos Batista em cerca de R$ 14 bilhões, incluindo dívidas.

Essa informação foi repassada ao mercado financeiro por uma fonte ligada ao setor de celulose. A notícia da nova proposta foi divulgada pelos principais jornais do país e indica que as conversações entre as duas empresas estão em estágio avançado e que as duas empresas já teriam concordado inclusive com negociações exclusivas que devem durar até meados de agosto. Ainda de acordo com as informações veiculadas pela imprensa esta semana, as dívidas totais da Eldorado somam R$ 9 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. Arauco, Eldorado e J&F não quiseram comentar.

Além da Arauco, a Suzano Celulose e a Votorantim, controladora da Fibria, haviam manifestado interesse no negócio bilionário. A Fibria chegou a oficializar o interesse pela compra da fábrica da Eldorado em Três Lagoas, mas a julgar pelas últimas informações do setor, e se nenhuma oferta melhor e ou negociação nova surgir, é possível dizer que a relação entre Arauco e o Grupo J&F está se fortalecendo rapidamente e indicando claramente a possibilidade de uma troca do controle acionário da fábrica da Eldorado Brasil em Três Lagoas nos próximos dias.

A ARAUCO, maior companhia florestal do hemisfério Sul, está situada em nove unidades no Brasil, entre administrativas, industriais e florestais. Com fábricas no Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha, Portugal e África do Sul, a Arauco tem negócios em mais de 75 países.