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Três Lagoas, 18 de abril

Empresários querem que dívida entre na negociação da prefeitura com Petrobras

Até hoje, 164 empresários não receberam por serviços prestados à estatal e dívida soma mais de R$ 36 milhões

Por Ana Cristina Santos
20/03/2018 • 17h40
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Empresários que prestaram serviços para o Consórcio UFN 3 na construção da fábrica de fertilizantes nitrogenados da Petrobras, em Três Lagoas, ainda não receberam seus créditos. Ao todo, são 164 empresários e a dívida soma R$ 36 milhões.

Um grupo, representando esses empresários, foi à sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (20) para pedir apoio dos parlamentares na inclusão dessa dívida na negociação da prefeitura com a estatal, ou com a empresa que comprar a fábrica, colocada à venda em setembro do ano passado.

Os vereadores se mostraram solidários ao pedido, porque entendem que a dívida deve ser atrelada à negociação para a manutenção de incentivos fiscais, bem como para a prorrogação de prazo para conclusão fábrica. Lei de doação da área prevê que, se a fábrica não for concluída no prazo, até 27 deste mês, o terreno voltará para o município com todos os investimentos realizados. A UFN 3 tem 82% do projeto executado e custou R$ 3 bilhões.

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A presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas, Gláucia Jarouche, disse que conversou com o prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) e aguarda uma reunião com representantes do governo do Estado para discutir a situação. Os comerciantes querem que a administração municipal e o governo estadual incluam o pagamento da dívida em troca das reivindicações da estatal.

O presidente da Câmara, André Bittencourt, (PSDB), disse que o apoio político é importante, mas que "é preciso analisar a legalidade". Uma reunião, segundo ele, está sendo agendada com representantes do Estado para tratar do assunto.

Bittencourt destacou que os empresários tiveram grande prejuízo, causando danos ao comércio de Três Lagoas. Por esse motivo, entende que é preciso haver uma contrapartida da estatal para mitigar os impactos causados no período da obra.

Guerreiro adiantou que quer uma contrapartida financeira para a execução de obras no município em troca da manutenção dos incentivos e prorrogação do prazo para a conclusão da obra. Segundo o prefeito, a empresa precisa mitigar os impactos causados à cidade.

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