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Três Lagoas, 18 de março

Empresas foram buscar mão de obra ‘de fora’

Por Ana Cristina Santos
24/08/2019 • 11h53
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Uma das grandes reclamações em todo o país, e em Três Lagoas não poderia ser diferente, é a falta de emprego. Até mesmo quem tem ensino superior tem encontrado dificuldades para conseguir uma vaga no mercado de trabalho. E pensar que, em 2010, Três Lagoas contratou trabalhadores de outras cidades por falta de mão de obra com grau de escolaridade.

Em 6 de outubro de 2010, a manchete do Jornal do Povo foi : Indústrias de Três Lagoas contratam fora do Município. A matéria assinada pelo jornalista Afonso Lau, dizia que, o boom de industrialização em Três Lagoas trouxe uma situação inusitada, que era grande a oferta de emprego nas linhas de produção, mas que as empresas enfrentavam enormes dificuldades para ocupar as vagas abertas.

De acordo com a reportagem, em setembro de 2010, a empresa Metalfrio abriu 300 postos de trabalho para auxiliar de produção. Porém, só conseguiu preencher metade das vagas cerca de um mês depois, porque abriu mão da cobrança pela escolaridade de nível médio. 

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Na época o coordenador da área de de Recursos Humanos da Metalfrio, Adenaldo Nunes, hoje atual coordenador do Procon, disse que a empresa foi obrigada a “flexibilizar essa exigência, do contrário, não conseguiria ocupar esses postos abertos”. O mesmo ocorreu em relação a outras indústrias.

A VINDA DE PAULISTAS

Segundo a reportagem de nove anos atrás, em razão da falta de mão de obra em Três Lagoas, as indústrias tiveram que contratar trabalhadores nas cidades vizinhas, como Castilho, Itapura, Ilha Solteira e Andradina. Ainda hoje existem moradores dessas cidades que trabalham em Três Lagoas, mas em número menor do que há nove anos.

No ano de 2010, Três Lagoas vivenciava o bom momento pela instalação das fábricas de celulose, que contribuíram para geração de muitos empregos na cidade. A instalação, inclusive, refletiu em indústrias de outros segmentos, que tiveram maior número de vagas disponíveis. A falta de mão de obra ocorreu em decorrência do crescimento da oferta de emprego, causado pela chegada de várias indústrias ao mesmo tempo. 

De 2010 a 2014, a geração de empregos se manteve aquecida em Três Lagoas, em razão da instalação de mais uma fábrica de celulose na cidade, e depois da construção da fábrica de fertilizantes. Depois de 2015, a 2017, Três Lagoas também vivenciou um bom momento na geração de emprego, com a ampliação de uma das fábricas de celulose. Ao término dessas grandes construções, o número de trabalhadores demitidos, é óbvio, foi grande.

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