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Três Lagoas, 25 de abril

Exportação de Três Lagoas aumentou 6,10%

Balança Comercial registrou novo recorde nas exportações no mês de março

Por Arquivo JP
18/04/2013 • 08h37
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A balança comercial de Três Lagoas registrou novo recorde de exportações em março. Conforme dados divulgados, ontem, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o volume de negócios com o exterior teve um salto de US$ 73,3 milhões para US$ 77,8 milhões. Essa foi a segunda alta registrada apenas no primeiro trimestre do ano. De janeiro para fevereiro, as exportações já haviam aumentado 2,39%. No primeiro mês de 2013, o município havia exportado US$ 73,6 milhões. Agora, o avanço foi de 6,10%. 

Já em comparação ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 54%. Em março de 2013, o município havia fechado a balança comercial em queda de 13,42%, com o total de US$ 50,2 milhões negociados. No acumulado daquele primeiro trimestre, foram US$ 151,3 milhões em exportações. Enquanto isso, nos três primeiros meses deste ano, o valor já é de US$ 222,8 mi em vendas para o mercado estrangeiro.

Para o economista Marçal Rogério Rizzo, professor doutor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o aumento nas exportações está diretamente relacionado ao ingresso da Eldorado Brasil ao mercado internacional. “A capacidade máxima de uma indústria desse porte não acontece de um dia para outro. Existem fatores como logística, matéria prima, mão de obra, que precisam ser vistos. Além disso, esse ingresso ao mercado externo também é feito aos poucos”.

A afirmação do economista pode ser constatada pela participação da celulose na balança comercial de Três Lagoas. Hoje, 89,4% de toda a exportação três-lagoense é do produto, o que equivale ao total de US$ 199,3 milhões em negócios. Um mês antes, em fevereiro, essa participação era de 86%.

SINAL AMARELO
Entretanto, para o economista, tamanho índice de participação éum motivo de preocupação. “Esse grau de dependência acende uma luz amarela. Um município torna-se muito vulnerável ao ficar na mão de um único setor. Cidades como Birigui, indústria calçadista, e Americanas, no setor têxtil, passaram por momentos de crise por conta dessa falta de diversidade”, alertou.

Ao todo, Três Lagoas exportou 445 mil toneladas de produtos para o mercado exterior. Desse total, 409,6 mil toneladas que seguiram para abastecer outros países eram de celulose.

Em segundo lugar na balança, aparece o papel, com um total de 9,3 mil toneladas destinadas à exportação no primeiro trimestre, o que corresponde a faturamento de US$ 13,7 milhões (participação de 6,15%). A farinha de óleo de soja ficou em terceiro, com 21,3 mil toneladas e US$ 9,9 milhões em negócios (participação de 4,48%). Já o setor de refrigeração aparece em quarto, com 70 toneladas (US$ 485,3 mil). 

A China permanece como principal compradora, com participação de 38,13% da produção três-lagoense (US$ 84,9 milhões). O país é seguido, à distância, pela Holanda, com participação de 17,7%. 

PREVISÃO
O economista informou que não há como prever qual será o comportamento da balança comercial do município nos próximos meses. De acordo com ele, como a celulose trata de commodities, a balança fica à mercê do mercado externo. “Toda a política macroeconômica impacta diretamente essas empresas”, explicou.

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