RÁDIOS
Três Lagoas, 23 de abril

Falta de gasolina lota postos; comércio apoia causa

Em Três Lagoas, moradores demonstram apoio aos caminhoneiros

Por Valdecir Cremon/ Kelley Martins e Lucas dos Anjos
26/05/2018 • 07h13
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Postos de combustíveis com pátios lotados e motoristas com tanques vazios. Longas filas, reclamações, críticas à Petrobras e ao governo federal, mas apoio popular e de empresários do comércio. Controvérsias não faltam no movimento de caminhoneiros, que afeta a economia em todo o país, mas é “bem-vindo” entre representantes de setores afetados pela carga tributária - uma das causas da mobilização de transportadores de cargas. 

Em Três Lagoas, moradores demonstram apoio aos caminhoneiros. Desde terça-feira (22), quando o protesto começou na cidade, são feitas doações de alimentos, água e refrigerantes aos manifestantes. Na quinta-feira (24), empresas do centro da cidade fecharam às 15h em manifesto favorável, incentivadas por entidades do comércio - de patrões e de empregados.

De acordo com a presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas, Gláucia Jarouche, os empresários “não aguentam mais” a carga tributária incidente sobre produtos, matéria-prima e serviços. 
Taxistas de Três Lagoas também aderiram ao movimento e fizeram uma “vaquinha” para comprar alimentos para motoristas. O presidente do Sindicato dos Taxistas, Ayr Spinola Costa, disse a categoria é solidária porque a manifestação beneficia todas as classes. 

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Em Paranaíba, moradores também levam comida e água aos manifestantes. 

ABUSOS
O caminhoneiro Alaison Ferreira revelou que um empresário tentou suborná-lo com R$ 500 para liberar a passagem de um caminhão carregado com mercadorias para supermercados em Paranaíba (MS). Ele não deu o nome do empresário e disse que não aceitou o dinheiro. 

Em Campo Grande, o gerente de um posto foi preso por acusação de elevação dos preços de combustíveis, como aproveitamento da crise gerada pela mobilização de transportadores. Por ordem do Ministério Público, o Procon de Três Lagoas multou dois postos pelo mesmo motivo.

Houve falta de produtos em prateleiras de supermercados nas três cidades, inclusive com a falta de matéria-prima em padarias e sorveterias, entre outros setores. O transporte público de pacientes e de estudantes foi reduzido devido à falta de combustível nas prefeituras. 

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