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Três Lagoas, 28 de março

Famílias constroem barracos e passam a morar em área invadida

Ao todo, 500 famílias estão na lista do movimento de ocupação da área na saída para Brasilândia, em Três Lagoas

Por Ana Cristina Santos
30/03/2018 • 07h00
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Famílias que ocupam há três semanas um terreno de 12 mil metros quadrados, na saída de Três Lagoas para Brasilândia e Campo Grande, estão morando no local. Ao todo, são 500 famílias na lista para serem beneficiadas com um lote.

O terreno, que estava tomado por mato, já foi dividido por lotes e barracos foram construídos no local. A área de propriedade particular fica ás margens da BR- 262 no final do bairro Guanabara.  A proprietária da área ingressou com uma ação na Justiça para reintegração de posse do terreno. No entanto, ainda não saiu à decisão. “Tem pessoas que já estão morando aqui por causa do valor do aluguel em Três Lagoas. Muitas pessoas não têm condições de pagar”, disse um dos organizadores do movimento dos invasores, Ivanildo de Jesus.

O terreno de 12 hectares , segundo Ivanildo, foi divido em 500 lotes. Contanto as famílias com as crianças, segundo ele, cerca de três mil pessoas devem morar no local. “Estamos aqui empenhados para que essas pessoas possam ser beneficiadas com sua casa própria”, destacou.

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Mesmo com o pedido de reintegração de posse, as famílias estão confiantes de que vão permanecer no local. “Foi apresentado um papel de gaveta, um documento original ainda não foi apresentado. Por isso, estamos confiantes de que essas famílias serão contempladas com um pedacinho de terra que cada um pegou”, disse o líder do movimento, acrescentando que, “até agora nenhuma autoridade política compareceu no local para verificar a situação das famílias”. Algumas, segundo Ivanildo, estão passando dificuldades. “Têm pessoas que não terão nem condições de erguer uma casinha. Tem pessoas morando aqui e nem tem condições de comprar alimento”, declarou.

A área está em nome de Aurivânia Constantino, que reside em São Paulo. Os invasores alegam que o terreno estava abandonado e tomado por mato.  Por esse motivo, além das dificuldades para pagar aluguel, resolveram ocupar a área. 

Embora a área esteja no perímetro urbano está cadastrada como imóvel rural. Tanto que a dona paga o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e não o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Segundo Gervásio dos Santos Luz, representante do cadastro Rural do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o terreno está regularizado.

Até o fechamento desta edição, não tinha saído decisão da Justiça para reintegração de posse da área. A reportagem também não conseguiu falar com os advogados da proprietária nesta semana.

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