RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

Farmácias em Três Lagoas ainda não reajustaram preços de remédios

Governo federal determinou aumento de até 4,7% no valor de 19 mil medicamentos

Por Jonas Turolla
03/04/2017 • 17h35
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O reajuste de até 4,76% nos preços de medicamentos, que entrou em vigor na última sexta-feira (31), ainda não foi sentido, por completo, no bolso do consumidor de Três Lagoas. Isso porque ainda há algumas farmácias que não aderiram ao aumento. É o caso, por exemplo, da farmácia Pague Pouco. 

"Nós temos de um a dois meses para fazer este reajuste porque alguns laboratórios ainda não repassaram este aumento para a gente", afirmou a gerente Katiane Castro. Outras farmácias, no entanto, conforme apurado pela reportagem, já reajustaram os preços, casos da Drogasil, Santa Terezinha e Santa Cristina. 

Esse foi o menor índice nos últimos dez anos. Em 2016, o reajuste máximo autorizado foi de 12,5%. Já em 2015, o aumento chegou a 7,7%. Segundo a portaria publicada no Diário Oficial da União, o reajuste leva em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 10 de março de 2017, cuja taxa foi de 4,76% no período de março de 2016 a fevereiro de 2017.

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Vale ressaltar que o reajuste é válido em mais de 19 mil remédios disponíveis no mercado varejista brasileiro e é determinado pelo perfil de concorrência dos produtos. Medicamentos que são produzidos por vários laboratórios, caso dos inibidores da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, etc.) e estatinas (sinvastatinas, atorvastatina, etc.), por exemplo, poderão sofrer o reajuste máximo (4,76%). 

É claro que, apesar do reajuste ter sido o menor nos últimos anos, alguns moradores de Três Lagoas não ficaram satisfeitos com a notícia. "A minha esposa sofreu um AVC e precisa tomar remédio todos os dias, mas está muito caro. No posto de saúde não tem, então a gente tem que comprar na farmácia. Os remédios dela são caros demais", reclamou o auxiliar de produção Marinho de Paula, de 62 anos.

Quem também ficou preocupado com o aumento foi o aposentado Israel Josué de Jesus, de 71 anos. "Eu tomo remédio para próstata, diabete e pressão. Vai acabar mexendo no orçamento, vou ter que cortar outros gastos", lamentou.

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