A Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) decidiu ignorar protestos de torcedores contra a falta de organização de campeonatos da entidade e a situação de clubes do Estado. A causa apontada pela assessoria de imprensa foi de que “todos têm o direito de protestar” e que a quantidade de torcedores presentes a um manifesto, no domingo dia 21, em Campo Grande, foi muito pequeno. Dez pessoas.
“Você quer que a federação faça o quê”, perguntou um assessor identificado apenas por Thiago, em relação a acusações de torcedores de diversos clubes sobre os campeonatos. Um deles, Whesley Brum, torcedor do Corumbaense e organizador do protesto, é de que os clubes não teriam acesso ao comando da federação.
O protesto pedia a saída do presidente da federação, Francisco Cesário de Oliveira, do cargo. A convocação foi feita pela internet.
“A solução seria os clubes atuarem na organização dos campeonatos e, assim, saber como é gasto o que a federação arrecada. Com a receita de R$ 1,8 milhão apenas repassado pela CBF [Confederação Brasileira de Futebol], e pagando tudo, é possível organizar os campeonatos”, afirmou Brum.
O torcedor disse que, o campeonato da Série A, que dura, entre 3 e 4 meses. “O que sobra daria pra arrumar estádios”. Brum cita a interdição de estádios, como a do Morenão, da capital, que não pode receber jogos com a presença de torcedores. “O Ministério Público proibiu as torcidas porque o Estatuto do Torcedor determina que haja segurança nos estádios, e temos direito de assistir aos jogos”, lamentou.
Nesta semana, duas partidas da Série A foram disputadas no local, sem a presença de torcedores.
A reportagem tentou contato com o presidente da federação, mas ele não foi localizado nesta sexta-feira (26).