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Três Lagoas, 26 de abril

Fibria confirma estudo para instalar terceira fábrica de celulose em MS

Depois de inaugurar a segunda unidade em Três Lagoas, empresa analisa lançar projeto Horizonte 3; local não foi definido

Por Ana Cristina Santos
09/12/2017 • 08h00
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Em nota enviada ontem ao Jornal do Povo, a empresa Fibria confirmou a realização de estudo para lançamento de novo projeto de expansão das unidades de celulose em Mato Grosso do Sul. Em agosto deste ano, a empresa inaugurou sua segunda fábrica do produto em Três Lagoas - o projeto Horizonte 2.
A companhia disse que como líder mundial na produção de celulose, está “sempre aberta a oportunidades de crescimento, seja por ampliação ou por consolidação. Ainda estamos na fase inicial de estudos, avaliando tanto a formação da base florestal quanto a questão logística para escoar a nossa produção. Mas nenhuma decisão foi tomada ainda”, diz a nota.

A empresa não informou se a terceira unidade será em Três Lagoas. Disse apenas que analisa instalar o projeto Horizonte 3 em Mato Grosso do Sul.

O presidente da Fibria, Marcelo Castelli, disse recentemente ao jornal Valor Econômico, que o novo projeto “é uma questão de tempo”. Segundo o executivo, a companhia entende que há espaço para, pelo menos, mais três fábricas no mundo nos próximos quatro anos. “Queremos nos enquadrar em um desses projetos. Seguimos com a preferência pela consolidação, mas já começamos a analisar outras opções de crescimento. Com isso, ganhamos seis meses de vantagem em relação a outro projeto que seja anunciado”, destacou. 

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A decisão final, segundo o presidente da Fibria, não será influenciada pela intenção ou anúncio de expansão de capacidade de outros produtores. Neste momento, há uma corrida entre os participantes da cadeia produtiva de celulose para aproveitar uma rara oportunidade de mercado, aberta pela falta de projetos que entrariam em operação nos próximos três anos.

CONDIÇÕES
A construção da terceira linha da Fibria, no entanto, é cogitada desde o ano passado. Em setembro de 2016, Castelli disse à reportagem do Jornal do Povo que a terceira unidade dependeria da demanda de mercado, entre outras questões, como por exemplo, florestas plantadas.

Disse também que, primeiro era preciso formar a base florestal para a companhia ter um crescimento sustentável.  Para isso, explicou que, para criar uma floresta leva de cinco a sete anos e, para tomar uma decisão de investimento, teria que ser dois anos antes. 

Castelli comentou ainda que, Três Lagoas comportaria uma terceira unidade, e que tem área para isso. A fábrica poderia ser no município, mas a floresta, não necessariamente. “As florestas seriam mais longínquas. Três Lagoas tem espaço, mas preferimos diversificar. Não queremos ocupar maciçamente as áreas de um único município que, ao longo prazo, precisa ter outras atividades econômicas para usar a sua potencialidade”, salientou na ocasião.

O presidente da Fibria esclareceu ainda que, é importante a floresta estar próximo à fábrica, pois diminui gastos com transportes. Citou como exemplo que, o maciço florestal utilizado na unidade 1 fica a 65 quilômetros da fábrica, o da unidade 2, a 95 quilômetros, e de uma capacidade adicional, iria para 150 quilômetros de distância, ainda assim, segundo ele, seria competitivo para a empresa.

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