RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

Greve de motoristas ameaça parar transporte de eucalipto

Profissionais não aceitaram a contraproposta de reajuste salarial de 28% oferecida pela empresa

Por Arthur Freire/JP
07/06/2013 • 08h36
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Os motoristas que trabalham para a empresa Breda Logística no transporte de madeira para a empresa Fibria decidiram entrar em greve a partir da próxima quarta-feira, 12 de junho. A decisão ocorreu durante assembleia realizada nessa quarta-feira, segundo informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Três Lagoas e região, Otávio Vieira Mello.

De acordo com ele, os profissionais não aceitaram a contraproposta de reajuste salarial oferecida pela Breda, que chegou a 28%. Mello informou que os motoristas estão reivindicando a incorporação do valor que eles recebiam quando faziam hora extra, em torno de R$ 600 de complemento salarial.

Com a entrada em vigor da lei que estabelece limites à jornada de trabalho dos caminhoneiros, eles deixaram de receber as horas extras que faziam por trabalhar em um período maior. Como estão proibidos de fazer horas extras, os motoristas querem que o complemento salarial que eles tinham seja incorporado ao salário.

Os profissionais querem que a remuneração dos caminhoneiros, que é de R$ 1.206, aumente para R$ 1.680. Segundo Mello, a empresa propôs que o vale-alimentação, que era de R$ 470, aumente para R$ 650, mas os motoristas querem R$ 700. O adicional de R$ 180 que os motoristas recebem para dirigir a terceira composição, uma gaiola que vai atrás do cavalo mecânico que transporta eucalipto, aumentou para R$ 300, mas os motoristas não aceitaram a proposta e preferiram aderir à greve.

“O que eles querem é a incorporação das horas extras que deixaram de fazer, por força da justiça. Em audiência na Vara do Trabalho, já ficou claro que os motoristas não podem exceder tal carga horária de trabalho. Existe uma ação civil pública que multou a Breda por conta das horas extras que a empresa deixava os trabalhadores fazer”, explicou o presidente do sindicato. 

Ele informou que aproximadamente 170 motoristas da Breda trabalham nessa área, transportando madeira para a Fibria. De acordo com Mello, caso os profissionais realmente entrem em greve, haverá um prejuízo para a empresa, já que o eucalipto é a matéria-prima para a produção da celulose.

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