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Três Lagoas, 25 de abril

Há quatro meses, idoso aguarda para fazer cirurgia de angioplastia

Idoso necessita fazer essa cirurgia com urgência, em razão do quadro ser considerado grave

Por Redação
19/02/2013 • 07h50
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Sabino de Amorim, de 70 anos, morador no bairro Paranapungá, em Três Lagoas, está desde novembro do ano passado tentando fazer uma cirurgia de angioplastia coronariana, com urgência, mas não está conseguindo. Em dezembro do ano passado, seu filho teve que recorrer ao Ministério Público na tentativa de que o idoso conseguisse realizar esse procedimento, já que não havia conseguido através da Secretaria Municipal de Saúde.

Na época, o Ministério Público notificou a Secretaria de Saúde, a qual se manifestou dizendo que dentro de dez dias estaria agendando uma consulta para o idoso, o que não aconteceu. Diante disso, a promotora de justiça, Ana Cristina Carneiro Dias, ingressou com uma ação civil pública contra a Prefeitura no dia 16 de janeiro deste ano, a qual foi acatada pela juíza, para que a Secretaria tomasse providências em relação ao procedimento de que o idoso necessita.

De acordo com dados do processo, a Prefeitura havia informado que a ação era desnecessária, já que havia conseguido agendar uma consulta para o dia 4 deste mês, antes da decisão judicial. 

Segundo o filho do idoso, Alessandro Frank Alves de Amorim, a Secretaria de Saúde encaminhou seu pai para fazer o procedimento clínico em Campo Grande. Entretanto, até ontem, Sabino de Amorim não havia feito a cirurgia. Alexandre disse que por duas vezes esteve no Hospital Universitário com seu pai, mas por falta de vagas a cirurgia não foi realizada.

Na ação, consta que o idoso necessita fazer essa cirurgia com urgência, em razão do quadro ser considerado grave, conforme consta no encaminhamento médico. Sabino sente fortes dores no peito e não dispõe de condições financeiras para arcar com os custos de uma cirurgia particular, já que é aposentado e recebe apenas um salário mínimo.

Segundo Alexandre, os médicos do Hospital Universitário alegam que existem muitas pessoas na fila de espera. “A situação aqui [em Campo Grande] é terrível, é um monte de gente nos corredores. Até entendo a situação, mas a Prefeitura tem a obrigação de dar um encaminhamento para o meu pai fazer a cirurgia em outra cidade de referência, que no caso de Três Lagoas é São José do Rio Preto”, disse o filho do idoso.
De acordo com a ação, foi determinado um prazo de 48 horas, a contar do dia em que a Prefeitura foi notificada da decisão, para que o procedimento médico fosse realizado em uma unidade de referência do município, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil. O Jornal do Povo tentou falar com a secretária de Saúde pelo celular no período da tarde, mas a ligação foi encaminhada para a caixa de mensagem.

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