RÁDIOS
Três Lagoas, 26 de abril

Homicídio pode ser ter sido arquitetado pelo crime organizado

Para o comandante da PM, crime foi ?covarde? e terá resposta por parte da polícia

Por Arthur Freire/JP
08/03/2013 • 08h22
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O crime contra o policial militar aposentado pode ter sido um ataque promovido pelo crime organizado em Mato Grosso do Sul. Informações extraoficiais apontam que o serviço de inteligência da polícia, em Campo Grande, teria interceptado ligações que sugeriam a realização de ataques em Mato Grosso do Sul a mando de uma organização criminosa do Estado de São Paulo com ramificações no Estado.

O delegado Regional, entretanto, não confirma a informação. “O serviço de inteligência das polícias, quando capta alguma informação, nos repassa. Porém, no caso específico do assassinato do policial, não há nada que informe relação com um possível ataque. No momento, não temos como afirmar que foi uma ação orquestrada pelo crime organizado, já que ainda não temos a motivação dele. Mas nenhuma hipótese está descartada”.

Para o delegado, a participação de pessoas de fora no crime não está descartada. Mas ele afirma que há pessoas da cidade envolvidas. 

O possível ataque também não foi confirmado pelo comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Wilson Sérgio Monari. Conforme o oficial, o crime foi um ato “covarde” e que “terá resposta por parte da polícia”. “Temos alguns suspeitos, mas ainda é tudo muito recente e não posso entrar em detalhes para não atrapalhar as investigações. O que posso dizer é que foi um ato de covardia, pela pessoa que ele era. Foi um ato lamentável e vai ter resposta”, disparou.

REFORÇO
A resposta veio. Na manhã de ontem, equipes da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) já estavam em Três Lagoas para ajudar nas buscas pelos assassinos. Segundo Monari, três equipes vieram pela manhã e a possibilidade da chegada de mais reforços não estava descartada. “Também estamos com policiamento aéreo para ajudar nas buscas”, declarou.

Todo o efetivo da PM está empenhado nas buscas. O comandante, que estava de licença, retornou para acompanhar o caso. 

Equipes do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Sequestros (Garras) também foram deslocadas para o município a fim de auxiliar nas investigações.

MORTE
Um dos suspeitos de envolvimento na morte dos policiais foi morto em uma troca de tiros com equipes da Polícia Militar no fim da tarde de ontem. Wellington Rosa da Silva estava na residência dele, no bairro Paranapungá, e teria trocado tiros com os policiais. Segundo o comandante da PM, tenente-coronel Wilson Sérgio Monari, o suspeito foi socorrido com vida, mas morreu após dar entrada no hospital Auxiliadora.

DETIDOS
No fim da tarde de ontem, também era grande a movimentação de detidos para checagem de informações na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac). Roberto Larret Ragazzini, advogado de um dos detidos, um rapaz de 29 anos, disse ter ouvido gritos do lado de fora e que não estaria tendo acesso ao seu cliente, que, segundo ele, estaria em uma sala de uso da PM na delegacia.
 
O comandante da PM, por sua vez, informou que as reclamações não procedem e que os detidos são entregues na delegacia assim que elaborado o boletim de ocorrência.

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