O Hospital Auxiliadora de Três Lagoas realizou nesta quinta-feira (29) uma cirurgia inédita de captação de órgãos. Três equipes médicas - duas de São Paulo e uma de Ribeirão Preto - vieram à cidade para fazer a captação.
Foram extraídos para doação o coração, os rins, fígado e pâncreas - suficientes para tentativas de atender a cinco pacientes. Não foi informado com exatidão para onde os órgãos foram levados e nem os rececptores dos mesmos.
Desde Agosto de 2013 existe no Auxiliadora a CIHDOOT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), criada para detectar possíveis doadores de órgãos e tecidos no hospital, e formada por médicos, enfermeiros, um psicólogo e uma assistente social. A comissão é ligada à Organização a Procura de Órgãos e à Central Estadual de Transplantes, que tem sede em Campo Grande.
A enfermeira coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva do Auxiliadora, Daiane dos Santos, explicou que a doação aconteceu através de um paciente que estava internado com suspeita de morte cerebral, constatada neste dia 26.
Daiane disse que o processo de extração de órgãos é realizado por uma comissão de médicos, familiares do paciente e uma equipe onde ela ocorre. “O dever da comissão é explicar à família que o paciente tem confirmada morte encefálica irreversível e que a doação de órgãos é opção para salvar outros pacientes. Neste caso, os parentes discutiram a questão em família e optaram pela doação”, explicou.
“As equipes médicas para a extração dos órgãos são de localidades onde receptores esperam por doação”, resumiu a enfermeira.
Foi a maior equipe de captação em número de profissionais envolvidos e também em quantidade de órgãos retirados, no Estado, neste ano.