O Hospital Auxiliadora de Três Lagoas está instalando um setor de hemodinâmica - grande aliado para o atendimento cardiológico. Hoje, pacientes da cidade e da região, que necessitam desse atendimento, precisam viajar para grandes centros no país. No Estado, apenas hospitais de Campo Grande oferecem o serviço.
Segundo o diretor administrativo do Auxiliadora, Marco Antonio Calderon, o serviço será inaugurado até fevereiro de 2019, e pacientes poderão realizar diagnósticos e procedimentos terapêuticos utilizando a técnica do cateterismo e implantação de stents, entre outros, em Três Lagoas. Médicos de São José do Rio Preto (SP) - cidade referência em cardiologia - vão integrar a equipe do Auxiliadora na nova ala, que vai funcionar em um prédio exclusivo, que está sendo construído, entre outras reformas e ampliações em andamento.
Ainda de acordo com o diretor, a Unidade de Terapia Intensiva, por exemplo, hoje com dez leitos, terá 30 até o ano que vem. O mesmo deve ocorrer no setor de hemodiálise, em números e previsão semelhantes. “No ano que vem, o hospital vai mudar bastante. Estamos caminhando em um planejamento, inclusive, para que tenhamos uma UTI neonatal”, destacou.
CERTIFICADO
Nesta semana, o hospital recebeu uma certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA), uma entidade não-governamental e sem fins lucrativos, que certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil, com foco na segurança do paciente.
De acordo com a gerente de qualidade do Auxiliadora, Daniela Mekaru, o hospital passou por vários procedimentos e se adaptou a padrões de avaliações das organizações de saúde para ser certificado. E isso, disse ela, possibilitou melhorias em atendimentos a pacientes.
No Estado há apenas quatro hospitais gerais “acreditados”. O Auxiliadora é a única instituição filantrópico com a certificação.
Para Marco Antônio Calderon, apesar de gastos elevados para adequação às normas, o resultado foi positivo. “Os métodos estão focados no atendimento ao paciente”, frisou.
Calderon destacou que o apoio da sociedade tem sido importante para na evolução do hospital porque a unidade acumula déficit financeiro mensal para atendimento a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Mais de 90% do atendimento do hospital é voltado a pacientes do SUS. Apesar disso, a instituição não recebe recursos públicos para cobrir as despesas.
No próximo ano, o hospital vai completar 100 anos de fundação. Para a diretora- geral da instituição, Aurélia Brioschi, “a certificação é resultado de um bom trabalho, que vem em processo de evolução a cada ano”.