A renovação do contrato entre o Hospital Auxiliadora e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), para residência médica de estudantes do curso de Medicina, vai depender de reajuste de valores para a cobertura de gastos com a prestação do serviço. Apesar desta condição, o hospital informou em ofício enviado, nesta semana, ao reitor Marcelo Turine, que o contrato não será renovado.

O hospital aponta que o repasse de R$ 30 mil mensais é baixo para atendimento a 76 estudantes, a partir do 3º ano de formação. No ofício, porém, não há citação de valores nem percentual de aumento que seria reivindicado em uma nova negociação. O contrato foi assinado em janeiro deste ano por 12 meses.

A direção do Auxiliadora cita que o atendimento aos estudantes gerou “desequilíbrio financeiro” com gastos para o fornecimento de materiais, alimentação e local de repouso, entre outros, além de revelar insatisfação com a “ausência” da universidade e “do poder público” na renovação de contrato com o SUS para atendimento a conveniados, neste ano.  

A negociação com a universidade também envolveu a Prefeitura de Três Lagoas, que contrata serviços para atendimento a pacientes da rede municipal e do SUS, e fornece campo de estágio para os alunos em unidades de saúde dos bairros.

A estudante Viviane Moura Fé, que preside o diretório acadêmico do curso, disse ontem ter sido informada que a negociação para renovação do contrato “está em andamento”, mas que a situação preocupa os alunos. “Me tranquilizaram quanto a isso”, disse. 

A reportagem não obteve retorno da reitoria da universidade até o fechamento da edição do Jornal do Povo, na sexta-feira, dia 7. 

 

*Reportagem atualizada em 9 de dezembro, às 17h39 (MS), para acréscimo de informação.