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Três Lagoas, 25 de abril

Hospital suspende cirurgias eletivas por falta de anestésicos

Insumos estão sendo reservados em caso de necessidade para tratamento de pacientes com Covid

Por Ana Cristina Santos
11/07/2020 • 08h00
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O Hospital Auxiliadora de Três Lagoas suspendeu as cirurgias eletivas pelo SUS e por convênios por falta de insumos, em especial de anestésicos. Além disso, os procedimentos cirúrgicos de urgência e emergência são submetidos a análise de uma comissão para verificar a necessidade ou não de serem realizados no momento. A decisão, segundo o diretor administrativo do hospital, Marco Antônio Calderón, ocorre em decorrência da necessidade do uso de anestésicos no tratamento dos pacientes que estão internados na UTI com o novo Coronavírus.

O diretor informou que, por enquanto, o hospital dispõe desses insumos, mas pode faltar, conforme a demanda de pacientes com Covid, ou se forem utilizados em outros procedimentos. O problema é mundial, e a maioria dos países e estados, enfrenta essa situação. 

Em razão disso, Calderón informou que há 20 dias o hospital suspendeu as cirurgias eletivas e uma comissão analisa a necessidade de realização ou não dos demais procedimentos. Foi liberado a realização de procedimentos que não necessitam de anestésicos. 

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O diretor classificou a situação como preocupante. “Cada paciente de UTI Covid utiliza em média 15 ampolas por dia. Se multiplicarmos isso por dez,  estamos falando de 450 ampolas por dia, e multiplicando por 30, e se 50% desses pacientes que estão na UTI utilizarem, teremos que ter um estoque  mínimo de  três mil ampolas”, exemplificou, ressaltando que para comprar cerca de 500 ampolas por mês o hospital tem enfrentado dificuldades, inclusive por conta da paralisação em alguns lugares que são importantes na produção desse medicamento.

Outra situação que tem dificultado bastante, de acordo com o diretor, é que a receita do hospital apresentou queda nesse período de pandemia, pois o atendimento foi reduzido em 70%. Com isso, a arrecadação do hospital teve uma redução de R$ 2 milhões por conta na queda de convênios particulares que, segundo o diretor, equilibra os gastos com o atendimento SUS.

Calderón informou que no final de maio o hospital recebeu R$ 1,4 milhão, divididos em três parcelas para o custeio do atendimento de pacientes com a Covid. Também recebeu R$ 1,8 milhão do Ministério da Educação para ajudar no custeio. Além disso, recebeu mais R$ 300 mil de emendas para custeio e R$ 25 mil para o setor de hemodiálise no tratamento de pacientes com o novo Coronavírus. O hospital não recebeu nenhum valor referente os R$ 20 milhões que o governo federal destinou para a prefeitura, exclusivamente para ações no combate a Covid-19.

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