RÁDIOS
Três Lagoas, 18 de abril

Ibama autoriza retirada de jacarés da Lagoa Maior

Capivaras também devem ser levadas da Lagoa para outro local

Por Ana Cristina Santos
28/07/2018 • 07h30
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de Mato Grosso do Sul, autorizou a Prefeitura de Três Lagoas a retirar todos os jacarés da Lagoa Maior e fazer o manejo de capivaras para locais fora da área urbana. Os jacarés serão levados para uma reserva ambiental da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), em Brasilândia, para onde três animais seguiram, em 2017.

 Atualmente, de acordo com levantamento da Secretaria do Meio Ambiente, existem três jacarés adultos com mais de dois metros de comprimento e nove de porte médio na lagoa. Um parecer do Ibama autoriza a retirada de todos os répteis  porque, para o órgão, a lagoa não é o habitat natural.

Segundo a analista ambiental do Ibama, Anna Cristina Mendo, o órgão autorizou a retirada dos jacarés com base em projeto da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A técnica do Ibama argumentou que os jacarés representam uma ameaça para os frequentadores da lagoa e que o local não é apropriado para os animais. Mas, ressaltou que é preciso “zelar dos animais”. “Para se defender, jacarés também podem atacar. Os animais precisam estar em locais apropriados, seguros e sem o estresse da presença humana”, destacou, em relação a aproximação do homem aos bichos.

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Sobre capivaras, a analista revelou que pediu mais informações à secretaria sobre o manejo, que também será autorizado.  A secretaria terá de detalhar o local para onde os animais serão levados e como será o manejo, entre outras questões.

O levantamento da secretaria aponta a existência de 180 capivaras, atualmente, na lagoa. Anna Cristina esclareceu que existem cinco grupos de capivaras no local, e que um grupo familiar deve permanecer. Os demais, assim como os jacarés, devem ser levados para um local apropriado, que ainda não foi revelado. Ela explicou que grupos familiares não podem ser separados. “Existe uma análise técnica e científica para uma decisão assim ser tomada. A retirada e manejo dos animais será um benefício para a população, mas principalmente aos animais, que são incomodados pelas pessoas”, comentou. 

ALIMENTOS
Em razão da quantidade de capivaras e escassez de alimentos devido à falta de chuva, começou a faltar comidas para os animais. Nesta semana, a secretaria instalou cinco cochos para servir milho como complemento alimentar das capivaras, que estão migrando para outras regiões da cidade em busca de comida.

Paralela à decisão da prefeitura, o Ministério Público Estadual também moveu uma ação civil pública para a retirada dos jacarés da lagoa. A juiz Aline Beatriz de Oliveira Lacerda solicitou parecer do Ibama para dar uma decisão. No entanto, a analista do órgão disse que a decisão da prefeitura de remover os animais não depende da ação judicial. 

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